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COLETIVA MACRI E OBAMA | O que deixou a coletiva de imprensa de Macri e Obama

Não houve grandes anúncios, mas sim muitos elogios. Os atentados em Bruxelas ocuparam parte importante da coletiva. Aval do presidente dos EUA ao ajuste que implementa Macri.

quinta-feira 24 de março de 2016 | Edição do dia

A coletiva de imprensa comum de Mauricio Macri e Barack Obama começou pouco depois das 13h. Só foram permitidas 4 perguntas de jornalistas, 2 dos meios argentinos e 2 de meios internacionais. Estas tinham sido definidas por sorteio. Além disso, incluiu-se uma pergunta realizada pelo Facebook da Casa Rosada, escolhida arbitrariamente pelos funcionários do governo.

A coletiva não deixou anúncios concretos por parte de nenhum dos dois mandatários. Apenas se ratificaram questões que já eram conhecidas, como a abertura de alguns arquivos do governo norte-americano correspondentes ao período da última ditadura militar argentina.

Todavia, significou um aval político por parte do governo dos EUA ao ajuste que está levando adiante o governo de Mauricio Macri.

Ambos os presidentes se dedicaram elogios mútuos ao longo de suas intervenções. Assim, Macri começou assinalando o fato de compartilharem “uma visão a respeito dos direitos humanos, a paz e a justiça. A isso, acrescentou uma “visão comum sobre o século XXI” onde o conhecimento desempenhará um papel essencial.

Ademais, felicitou Obama por “sua liderança”. Definiu-o como “uma inspiração” e reivindicou o que considerou “transformações” profundas. Neste marco, assinalou que a prioridade para a Argentina é o aumento do comércio entre ambos os países, assim como fomentar os investimentos dessa origem.

EM relação ao aniversário número 40 do golpe genocida, Macri afirmou que foi o “capítulo mais obscuro de nossa história” e reivindicou a abertura de arquivos por parte do governo dos EUA.

Barack Obama não ficou para trás quanto aos elogios. Definiu Macri como “um homem apressado, por assim dizer” e que se moveu “rapidamente no que diz respeito às reformas que havia prometido para conectar a Argentina com a economia mundial”.

Afirmou ademais que “sob a presidência de Macri, a Argentina está retomando seu papel de líder na região e no resto do mundo”.

Nesse marco, além de remarcar múltiplos aspectos onde ambos os governos compartilham uma agenda, assinalou que há que se “reconstruir a confiança e a fé que se perdeu entre nossos países”.

Posteriormente, consultado sobre o acordo firmado pelo governo argentino com os fundos abutres, Obama indicou que se tratou de uma “proposta construtiva”.
Em relação ao período de golpe militar na Argentina, Obama definiu-o como um momento que não foi “dos melhores” na história exterior de seu país.

Antes havia afirmado que amanhã visitaria “os túmulos das vítimas” da ditadura, pondo em evidência um desconhecimento do tema. Apesar disso, reiterou que fará um esforço “para abrir novos arquivos”.

Por sua parte, os jornalistas dos meios internacionais deram muita ênfase aos ataques ocorridos ontem em Bruxelas, fazendo críticas aos resultados da gestão do governo de Obama nesse tema, assim como à sua presença na Argentina, apesar dos atentados. Obama, como já fez repetidas vezes, reiterou que “não existe um tema que revista mais importância” para ele.




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