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GOVERNO SARTORI | O gringo tá certo? Só se for certo para Temer e os capitalistas

“O gringo tá certo” dizem eles, só se for certo para os banqueiros e empresários sanguessugas que lucram bilhões com isenções de impostos, sonegações e com o suor da classe trabalhadora.

sábado 15 de setembro de 2018 | Edição do dia

Sartori deixa bem claro quais suas intenções e de quem ele vai tirar para pagar a conta dessa crise: dos serviços públicos, da saúde, da educação, da pesquisa, dos servidores e de todo o povo gaúcho. Não passa de um “Temer gaúcho” que tira direitos dos trabalhadores, corta investimento em serviços básicos e vende as empresas públicas, a mesma agenda aplicada a nível nacional para garantir o pagamento da dívida pública.

O mecanismo de dívida do estado com a união é uma forma de manter o estado refém dos interesses dos capitalistas, assim como a dívida pública do país faz o mesmo a nível federal. Bilhões já foram pagos para essa dívida que só cresce, em meio a isso, o governo federal impõe o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) como contrapartida para uma suspensão temporária da dívida, o RRF consiste em um pacote de privatizações, cortes, ataques aos trabalhadores, plano que Sartori entusiasticamente defende como única solução para a crise fiscal do estado.

A crise do estado se arrasta desde anos, mas se “a bomba caiu no colo do Sartori”, como diz aqueles que justificam as ações do governador, a reação dele foi jogar a bomba direto na nossa cabeça.

Como já vimos e sentimos na pele, é uma política destrutiva à vida da classe trabalhadora. Sartori fez cortes multimilionários na saúde e educação, chegando a 900 milhões de reais cortados da educação e 150 milhões da saúde, isso é o que deixou de ser investido de acordo com a inflação nos 2 primeiros anos de seu governo. Os cortes na educação se refletiram em milhares de turmas sendo fechadas nos 4 anos de seu governo.

Deixou milhares de servidores em situação de aperto financeiro e dívidas pesadas com os incessáveis parcelamentos de salários e colocando o Banrisul num papel de agiota fazendo os trabalhadores pagarem juros absurdos para simplesmente receber seu salário em dia.

Falando em Banrisul, não dá para deixar de destacar a venda de ações do banco a preço de banana que está até sendo investigada pela justiça por possíveis irregularidades. Sartori quer vender o patrimônio público a todo custo, planejando privatizar várias empresas que prestam serviços primordiais para a população como CEEE e Corsan, entre outras. Sequer o dinheiro da venda dessas estatais vai para os cofres públicos: em todo o Brasil, o dinheiro de privatizações é revertido para o pagamento da dívida pública.

Enquanto isso, os grandes empresários do estado seguem deitando e rolando com a sonegação de impostos bilionária que o governo segue fazendo vista grossa, assim como as deliberadas isenções de impostos que o governo concede. A dívida que já foi paga várias vezes e só cresce continua sendo respeitada religiosamente pelo governo Sartori.

Veja também: Relembre alguns dos piores momentos do nefasto governo de Sartori

Em meio a isso, uma oposição que faz demagogia com a causa dos trabalhadores, mas que tem um programa incapaz de impedir mais ataques contra o povo. Rossetto (PT) e Jairo Jorge (PDT) não falam uma palavra contra o roubo que é a dívida, e no caso do candidato do PDT, partido que ajudou a eleger Sartori, defende abertamente isenções a empresários e Parcerias Público-Privadas, uma política muito semelhante à privatização. Todos os candidatos da oposição, apostam no resgate de recursos da Lei Kandir para tentar resolver a crise, o que como já explicamos aqui no Esquerda Diário, não é uma alternativa.

A saída para a crise do Rio Grande do Sul está na mobilização e no enfrentamento aos interesses dos capitalistas, dos políticos golpistas como Sartori e Eduardo Leite aliados de Temer e da extrema direita de Bolsonaro, Ana Amélia e Heinze que se fortalece no estado. Para que a crise seja paga pelos capitalista defendemos fim do pagamento da dívida pública, fim das isenções fiscais, confisco dos bens dos sonegadores e ocupação e estatização das empresas que ameaçarem a sair do estado fugindo dessas medidas. Isso só pode ser obra da mobilização e organização dos trabalhadores. Nós do MRT levantamos esse programa porque queremos que sejam os capitalistas que paguem pela crise.




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