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O golpista e corrupto Rodrigo Maia negocia com o PSL e Bolsonaro para se reeleger na Câmara

O golpista e corrupto Rodrigo Maia, atual presidente da câmara, é cogitado pelo PSL para seguir na presidência como forma de ter base para aprofundar ainda mais os ataques nas costas dos trabalhadores.

terça-feira 23 de outubro de 2018 | Edição do dia

O partido de Bolsonaro (PSL) está buscando alianças com o centrão para garantir a maioria na Câmara e conseguir aprovar seu projeto privatista, neoliberal e reacionário de governo. Semana passada Rodrigo Maia já havia se reunido como presidente do PSL, Gustavo Bebianno, para articular apoio a sua reeleição para a presidência da Câmara, e novamente no dia de hoje o Estadão noticiou encontro entre o parlamentar e deputados da "bancada da bala". No primeiro encontro discutiram sua agenda econômica e Maia garantiu que a Reforma da Previdência é prioritária caso seja reeleito, do segundo encontro já ficou acertada a votação de um projeto d elei que revoga o Estatuto do Desarmamento.

Rodrigo Maia foi um dos principais articuladores do golpe institucional que colocou o golpista Michel Temer na presidência e foi responsável pela aprovação da Reforma Trabalhista, que precariza muito a condição de trabalhado da população. Não é atoa que o candidato à presidência da República, que diz que os trabalhadores têm que escolher entre Direitos e Emprego, escolha apoiar o candidato que mais atacou a população durante o governo Temer para continuar presidindo a Câmara.

Não contente em atacar os direitos dos trabalhadores, Maia também é o impulsionador do projeto de terceirização irrestrita. Que possibilita que diversos outros setores sejam terceirizados, precarizando as condições de trabalho, diminuindo os direitos e os salários e dividindo os trabalhadores.

Apesar do forte discurso contra a corrupção, Bolsonaro parece não se preocupar com isso na hora de escolher seus aliados. Em 2017, a PF concluiu investigações e confirmou corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o inquérito, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia pediu à empreiteira OAS doações eleitorais no valor de 1 milhão de reais em 2014, que foram para a campanha do pai Cesar Maia. Além disso, ele teria defendido os interesses da construtora no período de 2013 a 2014 no Congresso Nacional, e prestado “favores políticos”. A investigação aponta para corrupção passiva e lavagem de dinheiro, caracterizado na prática do recebimento da propina através da doação eleitoral.

Ainda em 2017, em março, documentos liberados pelo STF acusam Maia de ter pedido e recebido propina num valor de 600 mil reais da Odebrecht. Após a homologação de diversas delações premiadas, a Procuradoria-Geral da República denunciou diversos políticos por envolvimento em corrupção, entre eles Rodrigo Maia.

Não só não se preocupa, como Bolsonaro terá um defensor de seus crimes. Em 2016, Rodrigo Maia fez parte da articulação da emenda para anistiar políticos que participaram de ações de corrupção como o Caixa 2. O projeto criminaliza oficialmente a prática do caixa 2, conforme recomendou o Ministério Público em sua 8ª medida "anticorrupção", contraditoriamente anistia todos os crimes cometidos antes da lei entrar em vigor.

Nesta nova configuração da Câmara dos Deputados em que o fenômeno bolsonarista entortou ainda mais a balança do parlamento para a direita, o antes dito "Centrão" vai à reboque do PSL e se assume cada vez mais extrema direita, estando a bancada BBB ainda mais no comando. E dentro dessa nova configuração, o golpista Rodrigo Maia parece emergir como uma espécie de novo Eduardo Cunha, a figura corrupta imprescindível para garantir governabilidade. O casamento entre o fisiologismo de um e a demagogia conservadora do outro tem tudo para resultar em uma longa união.




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