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INTERNACIONAL | O exército Sírio recuperou o controle da cidade de Palmira

As forças do governo sírio respaldadas por ataques aéreos russos combatiam, na segunda, forças do estado islâmico nos arredores de Palmira, logo depois de recuperar o controle da cidade.

quarta-feira 30 de março de 2016 | Edição do dia

Fonte: Reuters

O exército sírio disse que cidade, casa de algumas da ruínas mais importantes do império romano, se convertia em uma “plataforma de lançamento” de operações contra bastiões do estado islâmico em Raqqa e Deir al-Zor, mais para o leste após um extenso deserto.

Uma fonte militar citada pela agência oficial síria de notícias, SANA, confirmou que as forças pró-governamentais “acabaram com as últimas agrupações terroristas do grupo ‘Daesh’ (acrônimo árabe do El) e sues esconderijos”.

Além disso, o observatório sírio de direitos humanos afirmou que as forças sírias estiveram apoiadas pelas milícias sírias, árabes e asiáticas, assim como por conselheiros russos, para acabar com os combatentes do Estado Islâmico traz intensos combates que começaram de madrugada.

A televisão estatal transmitiu imagens desde Palmira em que se via ruas desertas e edifícios em ruínas. Até o momento se contabilizaram 417 combatentes do Estado Islâmico mortos e 194 vítimas entre as forças do governo na campanha de recuperação de Palmira.

Assad e Rússia festejam, enquanto os EUA buscam colocar panos frios

Com respeito a recuperação desta simbólica cidade, o presidente sírio, Bachar al Assad, assinalou que esta “conquista” de suas tropas é uma “nova evidência da eficácia da estratégia do exército sírio e seus aliados na guerra contra o terrorismo”, informou SANA.

Além disso, indicou que essa estratégia é mais efetiva que a da coalizão internacional liderada por EE.UU. que bombardeia posições jihadistas no Iraque e na Síria.

Para Al Assad, a aliança “carece de seriedade em lutar contra o terrorismo e tem alcançado muito pouco desde sua criação há um ano e meio”, quando começou a bombardear objetivos do Estado Islâmico em solo sírio.

Neste sentido, o comando geral do exército e as forças armadas sírias declararam em um comunicado que a recuperação da cidade de Palmira é uma “prova extra” de que é a única força capaz de lutar contra o terrorismo na síria e erradica-lo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou hoje por telefone Al Assad pela liberação de Palmira, que desde maio passado seguia nas mãos do grupo jihadista Estado Islâmico, informou o Kremelin.

“Em uma conversa com o presidente da síria, Vladimir Putin, parabenizou seu colega pelo motivo da liberalização de Palmira pelos militares sírios, vale destacar a importância da preservação dessa histórica cidade para a cultura mundial”, indicou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

Al Assad e o governo russo colocaram essa vitória como parte da disputa interna na frente internacional que intervém na síria em especial contra o setor liderado pelo EUA, EU, Estado do Golfo e Turquia.

Buscando observar a importância do avanço do exército sírio, EUA disse que celbra a expulsão dos milicianos do grupo do Estado Islâmico da antiga cidade síria de Palmira, porém assegurou que era muito cedo para saber o impacto que o feito teria nas negociações de paz.

“É muito cedo para saber a extensão em que a operação de Palmira afetará as negociações de paz de uma maneira ou de outra”, disse o porta-voz do departamento de estado, John Kirby, segundo informa a agência EFE, na que acrescentou que a ação não mudava a oposição estadunidense sobre o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Porém o avanço das forças do exército sírio em aliança com a Rússia está longe de estabilizar a região e derrotar o Estado Islâmico. Como escrevia Claudia Cinatti no Esquerda Diário “nos mais de quatro anos que começou a guerra deixou uma verdadeira catástrofe humanitária: 250.000 mortos e 11 milhões de desabrigados, a metade da população, dos quais 4 milhões fugiram do país. Porém tanto a intervenção norte-americana a frente da coalizão ocidental contra o Estado Islâmico, como a intervenção Russa para sustentar o regime de Assad tem um caráter profundamente reacionário. O mesmo que as intenções diplomáticas de estabelecer um “regime de transição” quando o permitia a exaustão militar nos campos em conflito”.




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