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PARTIDOS DE ALUGUEL | O balcão de negócios de Bolsonaro

Conhecido por suas ofensas preconceituosas a negros, mulheres e indígenas, Bolsonaro (PSC-RJ) usa seu mandato parlamentar, para promover sua campanha a presidência em 2018. O Balcão de negócios com legendas de partidos corruptos e de aluguel, segue a todo vapor.

Rodrigo Tufãodiretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe

quinta-feira 21 de dezembro de 2017 | Edição do dia

O antigo PEN51, legenda que foi criada com a fusão de alguns partidos minúsculos de extrema direita, como o degenerado PRONA, do sinistro político já falecido Enéias Carneiro, foi o primeiro partido ao qual Bolsonaro se comprometeu. Fez até o partido mudar de nome para Patriotas. Porém parece que os negócios com essa legenda emperraram. Por uma disputa de poder interno, onde o grupo de Bolsonaro queria o controle do partido em alguns estados importantes, como Minas Gerais, parece que as negociações entraram em crise.

O presidente do agora Patriotas, Adilson Barroso, conhecido corrupto da vida nacional, ainda tenta negar, dizendo que Bolsonaro não o comunicou da desistência em sair candidato pela sigla. Porém, parece estar nítido que se a legenda não ceder espaços, cargos e dinheiro para o grupo de Bolsonaro, o mesmo irá sair do Patriotas, antes de se filiar. Isso mesmo. O balcão de negócios é tão intenso, que Bolsonaro nem se filiou ainda ao Patriotas. Apenas assinou uma carta de intenção, para se filiar em Março de 2018. Será a saída dos que não chegaram.

Duas legendas igualmente dirigida por corruptos disputam Bolsonaro para ser seu candidato a presidente. O PR e o PSL/Livres. Elas chegam no balcão do candidato para oferecer mais benefícios aos comparsas do deputado que estão sentados nos bancos do balcão, cobrando cargos e espaço político.

O discurso da honestidade, que de forma demagógica o deputado usa, não sobrevive as negociatas que faz com os tradicionais corruptos do sistema político. Basta lembrar que Bolsonaro pertenceu durante muito tempo ao PP, partido do agora detento Paulo Maluf. Expoente máximo da corrupção brasileira.

O discurso de ódio e apologia a ditadura militar faz Bolsonaro cair nas graças de uma parcela da população, que ainda guarda em seu imaginário, a educação autoritária que a política nacional promoveu durante o regime de exceção, de 1964 a 1988. Um passado ainda marcado na subjetividade de setores das novas e velhas gerações do país.

O combate a esses discurso de ódio, que Bolsonaro promove, passa por mostrar que não passa de mais do mesmo: um político que vive as custas do suor do trabalhador, que emprega toda família em cargos públicos, que recebe dinheiro de empresas privadas, que pertence aos partidos dos corruptos tradicionais. Desmascarar Bolsonaro é mostrar que ele é parte da lama desse sistema político, onde o que mais se faz é balcão de negócios para gerir os interesses dos capitalistas e rifar os direitos e a vida do povo trabalhador.




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