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OPINIÃO | O autoritarismo das direções escolares contra a luta dos estudantes secundarista

terça-feira 1º de dezembro de 2015 | 00:00

Estão surgindo em todos os cantos das redes sociais, inúmeras denuncias de estudantes e professores da rede estadual de São Paulo contra as direções das escolas. As denuncias que correm pela internet são de que as direções das escolas estão chamando a policia pra impedir as ocupações dos estudantes, como ocorreu em uma escola da região da Zona Norte de São Paulo, assuming como a ameaça de fazer boletim de ocorrência na policia contra as mães de alunos caso não comparecessem nas escolas pra esclarecer a tentativa de ocupação, como ocorreu numa outra escola também na região da Zona Norte de São Paulo.

Esta postura está chegando a casos extremos como em Guarulhos, na Escola Estadual Conselheiro Crispiniano onde a diretora quis ofender os alunos mostrando o dedo do meio e numa outra escola do Estado o diretor chegou a ameaçar os alunos com um pedaço de pau. Estes casos de repressão não são somente com os estudantes. Numa escola da região do Imirim, zona norte de São Paulo cinco professores estão sofrendo processo por abandono de cargo pela direção da escola por conta da última greve dos professores.

Podemos citar outros casos: No primeiro dia da ocupação Castro Alves, o diretor obrigou os alunos a dar os nomes de quem iria ocupar a escola. Em diversas escolas do Estado a direção intimidou os alunos a fazerem o Saresp, ligando na casa pra saber se era por conta do boicote que iria ocorrer e inclusive ameaçando de reprovação e não teriam acesso ao diploma caso não fizessem a prova.

O movimento de secundaristas conseguiu colocar Alckmin na defensiva, fazendo com que ele apelasse pra medidas absurdas como criar um movimento formal na internet em defesa da reorganização escolar e até falsificar dados pra dizer que o movimento não existe. As direções e coordenações da escolas pra manter seus cargos e privilégios, estão buscando reprimir de inúmeras maneiras as mobilizações pra dizer pro governo que tem perfil pra continuar na direção depois da reorganização.

O governo tenta de inúmeras maneiras se articular com o sistema judiciário para conseguir a reintegração de posse das escolas ocupadas e derrotar a decisão determinada inicialmente de que não poderia ter reintegração de posse. Para além disso ele se articula com a secretaria da educação e as diretorias de ensino para derrotar o movimento dos estudantes. É a responsabilidade de Alckmin que mantém uma estrutura escolar autoritária que está a serviço de passar suas políticas de sucateamento, mas também de transformar a juventude em mão de obra barata e precária.

Este mesmo governo que tem políticas de cooptação destes setores. Seja nomeando o cargo de diretor, vice diretor e coordenador ou oferecendo privilégios como ter um salário maior, afastamento da sala de aula, ao contrario dos professores os diretores receberam aumento no salário e mais uma gratificação de 1000 reais. Neste sentido entendemos porque muitos diretores atormentaram a vida dos alunos pra fazer o Saresp e contra as ocupações.

Enquanto as direções impõe uma linha autoritária contra os estudantes que estão em luta, a direção majoritária ligada a CUT e CTB da APEOESP não mobiliza os professores para estarem junto com os alunos e sequer faz uma campanha conseqüente contra as direções da escola. Na ultima reunião aberta da Sub-sede Norte a corrente Professores Pela Base denunciou o caso dos cincos professores processados por conta da greve e exigiu o posição firme em defesa destes processados, porém esta mesma disse que era caso pra ser tratado depois.




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