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AUMENTO DAS TARIFAS | O Haddad do aumento da passagem para o Haddad da miséria do possível. Dois lados da mesma moeda

Neste começo de ano, o prefeito de São Paulo, Haddad, junto com o governador Geraldo Alckmin deram um grande presente para os empresários de transporte. Foi anunciada pelo prefeito junto com o governador do Estado que o preço da passagem de ônibus, metrô e CPTM vão aumentar de três e cinqüenta para três e oitenta. O aumento da passagem de ônibus está sendo a primeira amostra que em 2016, o PT junto com o PSDB e demais partidos da ordem vão fazer com que a juventude e a classe trabalhadora paguem por esta crise.

terça-feira 5 de janeiro de 2016 | 23:44

Quando o Haddad junto com o Alckmin aumentou o preço da passagem do transporte publico de três reais para três e vinte em 2013, começaram inúmeras grandes manifestações contra o aumento da passagem. O PT em conjunto com o PSDB para defender o lucro dos grandes empresários do transporte, começaram a ter uma política de reprimir através da policia militar os jovens que saíram as ruas contra o aumento na época.

As manifestações contra o aumento da passagem que ocorreram em diversas cidades do Brasil em 2013 foram o estopim para acontecer as grandes manifestações de Junho que abalaram o país. Como diziam os próprios manifestantes daquela época, as manifestações de junho não estavam lá pra questionar somente o aumento do transporte mas sim a péssima qualidade da educação, a saúde, os privilégios dos políticos, moradia e também reivindicar por mais trabalho.

Hoje a ordem da burguesia com a crise econômica que vive o país é que os governos apliquem o ajuste fiscal e os cortes contra a classe trabalhadora e a juventude. O PT de Dilma e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, está na linha de frente nos ataques contra os trabalhadores, a juventude e demais setores populares e anunciou que apesar da mudança no ministro da economia a política de fazer com que os grandes empresários e banqueiros não paguem a conta da atual crise do país , vai continuar.

Ao mesmo tempo que o PT está na linha de frente pra aplicar o ajuste fiscal, o partido entra numa das suas mais profundas crises partidárias. Ao mesmo tempo em que não se tem uma alternativa a crise do petismo, este mesmo tenta ter uma nova localização pra poder recompor a sua base social perdida com a crise no partido e também tenta se manter em alguma prefeitura ou governo de uma cidade ou capital importante pra não poder ficar muito mal localizado futuramente.

O Haddad que em 2013 reprimiu as manifestações contra o aumento da passagem aparece hoje como o prefeito ‘’moderno’’, que ‘’dialoga’’ com os demais setores da sociedade e adota medidas como a implementação da ciclovia na cidade de São Paulo. Estas medidas mostram que o PT não pode responder os anseios de mudança dos trabalhadores, pois representa os interesses da burguesia, e também que o prefeito Haddad de São Paulo está sendo peça fundamental para recomposição do petismo.

O fato do PT estar em uma crise partidária, de um lado representa um grande problema para a burguesia, pois este partido precisa lidar com a contradição em ter uma base social para que o ajuste fiscal seja aceito pelo menos por parte da sociedade. Porém em todo momento em que o Haddad ver uma luta dos trabalhadores e da juventude, terá que demonstrar a sua verdadeira face repressiva como demonstrou nas manifestações de junho de 2013, mas também em outros momentos como a greve dos professores municipais no mesmo ano.




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