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POLÊMICA DO DIA DOS NAMORADOS | O Boticário gera polêmica com propaganda sobre o Dia dos Namorados

O dia dos namorados, no Brasil, é comemorado em 12/06 e é uma data tida como comercial, já que diferentes empresas utilizam da mesma para venda de produtos. Neste ano, os dias que antecederam a data foram marcados por expressões homofóbicas.O comercial da marca de cosméticos O Boticário mostrou, de forma natural, casais se preparando para comemorar a data, sendo que dentre os casais que apareceram no comercial dois eram homoafetivos.

sexta-feira 19 de junho de 2015 | 00:05

Ao tentar quebrar tal tabu na publicidade brasileira, o comercial e a marca de cosméticos foram alvos de mobilizações homofóbicas, nas redes sociais, por grupos conservadores. Representantes religiosos, como o pastor Silas Malafai, famoso por suas declarações machistas e homofóbicas, chegaram a orientar seus seguidores a boicotar a empresa. Várias reclamações, de cunho homofóbico, foram registradas em um dos maiores serviços brasileiros de reclamação sobre atendimento de compra e venda de produtos.

Com a repercussão negativa, apoiadores da campanha também se mobilizaram, por redes sociais, para mostrar sua aprovação ao vídeo na internet.

Não devemos nos enganar acreditando que grandes empresas lutam pela liberdade e pelos direitos dos homossexuais, pois ao longo do tempo, o público LGBT foi sendo incorporado ao mercado consumidor através do mercado Pink Money transformando as diversas formas de expressão afetiva em mercado consumidor .

As declarações de Silas Malafaia na realidade tem como alvo aqueles que lutam contra a homofobia. Ele chegou a dizer que a propaganda “é uma tentativa de querer ensinar crianças e jovens o homossexualismo”. Esse discurso é o que sustenta também o conservadorismo dos vereadores que retiraram recentemente os termos de “identidade de gênero” e “diversidade sexual” dos planos de educação nacional e municipais, daterminando que a luta contra a opressão passe por fora da educação.

A luta pela igualdade de direitos das pessoas homoafetivas deve se dar através da organização de um amplo movimento contra a homo-lesbo-transfobia a partir dos locais de trabalho e estudos e junto com movimento LGBT, que ganhe as ruas, retomando o espirito de junho que expressou a luta pelas questões democráticas LGBT e contra reacionários como Marco Feliciano com seu projeto da “Cura Gay”.




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