Ontem, segunda-feira a Reitoria ordenou a transferência da Seção de Áreas Verdes da Prefeitura da USP. Por trás de cada "ordem" da Reitoria está o desmonte desta unidade, que é acompanhada do desmonte de toda a Universidade. Os trabalhadores da Prefeitura da USP decidiram resistir. Acompanhe tudo pelo Esquerda Diário.
terça-feira 29 de setembro de 2015 | 00:38
Ontem, segunda-feira, por ordem direta do Reitor Marco Antônio Zago, os trabalhadores da Seção de Áreas Verdes, conhecido como "viveiro", da Prefeitura do Campus da USP estavam em trabalho externo e foram orientados a voltar imediatamente pra USP a fim de retirar suas coisas da seção (colocando-as em sacos) e ajudar na retirada dos equipamentos - para tal foi enviado um caminhão.
Imediatamente os trabalhadores retornaram, se organizaram junto com os trabalhadores das outras seções e com o Sindicato para implementar a votação feita em reunião de unidade com presença de 90% dos trabalhadores da unidade onde decidiram por ampla maioria que diante do enorme desmonte que se avizinha não há nenhuma outra alternativa que não resistir. Sobre esta situação, Claudionor Brandão, diretor demitido político do Sintusp declarou que "Não se trata apenas de inofensivas transferências como querem fazer parecer. Por trás de cada transferência há demissões e terceirização, e portanto o objetivo é desmantelar por completo a Prefeitura e precarizar ainda mais a situação dos trabalhadores, o que afetará muito os estudantes e professores. Diante desta situação não há mais nada a fazer do que organizar e aprofundar a nossa luta, chamado a unidade com todos os outros setores da USP que estão sofrendo com os cortes, com destaque para os Restaurantes, as Creches e o Hospital Universitário, mas também para as unidades de ensino, onde os estudantes serão fortemente atacados. Se avança em um plano de privatização da universidade, e nossa luta é pra resistir a isso defendendo a educação pública".
Diana Assunção, diretora do Sintusp, também esteve presente na manifestação hoje que por fim conseguiu impedir a transferência deste setor. "Resistimos junto aos trabalhadores mas sabemos que vamos precisar aprofundar esta luta. Por isso que nesta terça-feira vamos continuar mobilizados, e debatendo com todo o Conselho Diretor de Base do Sintusp os próximos passos, como um importante ato na quarta-feira às 12h30 em frente à Prefeitura e também a paralisação geral de trabalhadores da USP que já foi votada em assembléia. A USP também está sendo afetada pelos enormes cortes do governo Dilma, que se expressam estadualmente, e não à toa há poucas semanas a Reitoria anunciou corte de 20% dos gastos na USP, sem especificar quais. Vamos colocar todas nossas forças pra organizar uma forte luta em defesa da universidade", colocou Diana.
Acompanhe pelo Esquerda Diário a manifestação dos trabalhadores da Prefeitura da USP nesta terça-feira bem como os próximos momentos da luta de trabalhadores, estudantes e professores da USP contra o desmonte da universidade e a privatização.
