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PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS | Nova privatização de Temer no Pré-sal entregará outros bilhões de barris ao imperialismo

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), projeto aprovado pela base aliada de Temer na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (4) vai entregar bilhões de barris ao imperialismo.

Francisco MarquesProfessor da rede estadual de Minas Gerais

sexta-feira 6 de julho de 2018 | Edição do dia

Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino/Files

Décio Oddone, diretor-geral da ANP disse que o projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado por Temer, permite que sejam leiloadas áreas para até 17 plataformas de produção e vai gerar "investimentos" de até 102 bilhões de dólares (R$ 402 bi). Investimentos esses que serão feitos no exterior e chegaram aqui só para sugar os recursos do país.

A agência estima que os excedentes do que será explorado pela Petrobras podem chegar a 15 bilhões de barris de petróleo, dado o preço do atual do petróleo esta entrega ao imperialismo alcança uma fortuna de ao menos US$ 1,1 trilhão.

O relator do projeto aprovado foi Fernando Coelho Filho (DEM) e outros deputados favoráveis argumentam a favor da privatização dizendo que a Petrobras não teria condições de explorar o petróleo dessas regiões devido ao enfraquecimento econômico da empresa.

Mas o que eles escondem é que a precarização da estatal é fruto de um conjunto de ataques do governo Temer, que mantém sua política de entrega das empresas e dos recursos naturais nacionais para a livre exploração e lucro das empresas imperialistas. Parte deste processo de desvalorização da empresa para justificar sua privatização e a entrega de regiões imensas do Pré-sal foi fruto das ações do judiciário com a Lava-Jato e de Temer, que aprofundou essas mudanças que regulavam a exploração do Pré-sal e a participação das empresas estrangeiras depois de projeto entreguista assinado por Dilma em acordo com Serra e Renan Calheiros, logo antes do impeachment.

A agressiva privatização tocada por Temer se combina a mudança na política de reajuste de preços, encarecendo o valor do petróleo brasileiro no mercado, para que atraísse as grandes petroleiras estrangeiras.

A justificativa do governo é que o dinheiro vai servir para cumprir a "regra de ouro" em 2019, que o estado não se endivide para pagar as despesas correntes. Mas enquanto isso cerca de R$1 trilhão é gasto anualmente para o pagamento da dívida pública que rouba o país entregando nossos recursos para banqueiros e grandes investidores.

Enquanto isso, o PT assiste imóvel a entrega de recursos nacionais: a FUP, dirigida pela CUT, não mobiliza os trabalhadores da Petrobras contra o avanço da privatização e o aumento constanto no preço dos combustíveis. Os trabalhadores petroleiros e de outras categorias precisam organizar assembleias democráticas e exigir de seus sindicatos planos de luta que ajudem a cercar de solidariedade as lutas em curso e travar uma luta contra a entrega de trilhões de dólares da riqueza nacional ao imperialismo.




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