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UNIDADE ENTRE ESTUDANTES E TRABALHADORES | “Nos unamos aos entregadores”, diz carta dos estudantes de Artes Visuais da UFMG

Estudantes de artes visuais da UFMG assinam carta chamando os estudantes, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Diretório Acadêmico da Escola de Belas Artes (DA EBA) e demais entidades estudantis da universidade a organizarem ação para contribuir ativamente na construção da paralisação dos entregadores de aplicativos que se dará no próximo dia 25. Os estudantes levarão a carta hoje para a assembleia de todos os cursos da EBA com o objetivo de deliberar nesse espaço democrático para fazer acontecer essa ação de unidade entre trabalhadores e estudantes.

quarta-feira 15 de julho de 2020 | Edição do dia

Publicamos abaixo carta dos estudantes de artes visuais da UFMG que assinam chamando os estudantes, o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Diretório Acadêmico da Escola de Belas Artes (DA EBA) e demais entidades estudantis da universidade a organizarem panfletagem em apoio à construção da paralisação dos entregadores de aplicativos que se dará no próximo dia 25. Os estudantes levarão a carta hoje para a assembleia de todos os cursos da EBA com o objetivo de deliberar nesse espaço democrático para fazer acontecer essa ação de unidade entre trabalhadores e estudantes.

A publicação será atualizada na medida em que mais estudantes assinem o chamado. Caso você queira assinar, conhecer algum estudante do curso que possa se interessar, ou queira levar a iniciativa para a sua entidade de representação estudantil, compartilhe ou deixe um comentário.

Como os estudantes podem apoiar a paralisação dos entregadores de app’s?

Carta a todos os estudantes da UFMG:

Nós, estudantes de Artes Visuais da UFMG, convidamos todas e todos estudantes da UFMG a apoiar ativamente a paralisação dos entregadores de aplicativos no próximo dia 25 de julho. São trabalhadores essenciais, em sua maioria negros e que realizaram uma paralisação internacional no dia 01 de julho, reivindicando o recebimento de álcool em gel e máscaras para se protegerem da contaminação pelo coronavírus, o aumento do valor mínimo por km rodado, o fim dos bloqueios arbitrários feitos pelos aplicativos, o acesso a banheiros em suas jornadas e o direito a vales refeição. Neste dia, mostraram uma importante força na luta contra as más condições de trabalho às quais estão expostos cotidianamente, algo que se agravou na pandemia, sobretudo pelo fato de tais aplicativos serem a única saída para os milhares de autônomos que sofreram com as demissões em massa.

A conexão entre trabalhadores e estudantes contra a precarização do trabalho e a exploração que os atinge hoje e que nos espera amanhã é fundamental, já que são os trabalhadores aqueles que fazem o mundo e girar e somos, nós estudantes, futuros trabalhadores em um sistema que tende a precarizar cada vez mais nossas vidas, apenas para garantir os lucros dos grandes empresários, inclusive aqueles que estão por trás dos aplicativos. Além disso, muitos de nós já temos que estar em trabalhos precários, completamente fora da área da arte e da cultura, para termos condições de bancar os estudos. Nas escolas e universidades também convivemos com o trabalho precário da limpeza, realizado principalmente por mulheres negras, e que apesar de indispensável para o funcionamento do cotidiano, sempre sofreu com as marcas da terceirização. Essa unidade entre estudantes e trabalhadores está, assim, colocada na ordem do dia para a comunidade discente e certamente nos fará mais fortalecidos frente aos ataques à educação que reserva o governo Bolsonaro. E também frente ao calendário que a reitoria, pressionada pelo governo e pelos padrões da lógica produtivista das universidades, quer nos impor com ensino remoto como se nos encontrássemos em boas condições estruturais e psicológicas para produzir tal como estaríamos num semestre letivo normal.

Consideramos essencial que cada estudante, independentemente do curso, levante as bandeiras de cada trabalhador e trabalhadora. Isso atualmente significa apoiar as reivindicações dos entregadores dos aplicativos, torná-las conhecidas para a população e colocar-nos lado a lado nessa luta junto a esses trabalhadores que nunca tiveram o direito ao isolamento social e que estão agora enfrentando a doença e também seus patrões. Por isso, convidamos as entidades de base (DCE, DA’s e CA’s), movimentos de esquerda e a todos os estudantes para, com todas as medidas de segurança sanitária, organizar panfletagens e colagens de lambe em lugares estratégicos, tanto nas regiões centrais, mas também pelos bairros, permitindo que o máximo de estudantes interessados nessa ação participe, podendo participar do ponto mais próximo a sua casa, além de organizarmos de ir no ato dos entregadores no dia da paralisação.

Estudantes abaixo-assinados do curso de Artes Visuais da UFMG

Ana Júlia de Oliveira Gomes

Alana Ferraz Borel

Amanda Cristina Costa

Daniel Batista Guimarães

Elis de Souza Rockenbach

Evandro Yuri Batista Alves

Gabriel Araújo Soares

Gabriel Marco de Souza Lisboa

Heloísa Fernanda Brabo de Assis

Iago Henrique da Silva Oliveira

Isabel Avila de Souza Lima

Isabelle Carvalho

Isadora Gonçalves de Moraes

Julia Santana de Melo

Juliana Sousa de Oliveira

Juliana Sarti Cursino dos Santos

Lana Ferreira Gomes

Lara Magalhães Mortimer

Lina Hamdan Resende Morais

Luiza Poeiras Amorim

Manuela Bittencourt Lima

Marcella Marzano do Valle

Paula Dias Costa

Pedro Vitor Felix Muniz

Ramon Kennedy Monteiro de Lima

Rodrigo Amaral Ramos

Rogério Botter Maio Lopes Rodrigues

Sabrine Danielle dos Santos

Sarah de Cássia Moreira Araújo

Theodora Moreira Lima

Vivian Alvarenga Pereira

Yan Nicolas São Thiago




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