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EDUCAÇÃO RESISTE | No dia 16, unificar professores da rede às universidades em defesa da educação

Em meio ao golpe, professores discutem luta contra os ataques na educação e a incorporação na mobilização das estaduais paulistas: unificar as lutas para vencer!

Danilo ParisEditor de política nacional e professor de Sociologia

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

quinta-feira 12 de maio de 2016 | 13:19

No mesmo dia em que o golpe institucional se consolidou em nosso país, professores de todo no estado de São Paulo reuniram-se em reuniões de RE (Representantes de Escola) para debater a conjuntura nacional e pensar políticas para a categoria lutar contra os ataques à educação.

Como já é público e esteve presente na boca de vários senadores, no projeto para o novo governo golpista , “uma ponte para o futuro”, os pontos principais são de ataque frontal à maioria da população, ao conjunto dos trabalhadores em geral e para a educação em especial. Nessa ponte para o futuro, consta a necessidade do estado cortar gastos e para isso, é claro, serão feitos cortes imensos na educação e na saúde.

O PMDB, assim como os demais partidos e políticos golpistas querem salvar os capitalistas da crise e para isso vão descarregar todos os seus efeitos nas costas dos trabalhadores e da juventude, a crise na educação em todo o país desnuda essa realidade. Professores com salários miseráveis e péssimas condições de trabalho, escolas e universidades públicas caindo aos pedaços, com cortes de verbas milionários.

Frente a essa situação, estudantes secundaristas de todo o país tomam as escolas, ocupam contra a precarização. Já são centenas de escolas ocupadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e agora a onda de ocupações chegou também no Rio Grande do Sul. A unidade dos secundaristas cariocas com os professores em greve há mais de dois meses, expressa a fórmula necessária para enfrentar os ataques. Os secundaristas estão desde o ano passado, mostrando o caminho e agora a greve nas universidades estaduais paulistas chega para se somar a esse grande movimento nacional em defesa da educação pública.

Em uma enorme assembleia estudantil, a greve foi decretada na Unicamp, contra o golpe e contra os cortes na educação, centenas de estudantes ocuparam a reitoria da universidade. Na USP já são diversos cursos em greve, com ocupação do prédio de Letras e com unidades de trabalhadores paralisadas também.

Esses são exemplos que os professores de São Paulo precisam seguir, pois sabemos que a reorganização de Alckmin segue seu curso e a escola pública paulista está em risco. Roubo de merenda e secretário de educação dizendo que os professores devem agradecer por não terem seus salários parcelados já não é mais novidade. Os professores não podem se adaptar à apatia e paralisia do sindicato, que não quer lutar, nem contra os ataques à educação e nem mesmo contra o golpe que recém se consolidou.

Precisamos buscar uma saída independente da direção sindical petista, nos unificando firmemente com as lutas da educação em curso. Na próxima segunda feira, dia 16 de maio, um grande ato das universidades estaduais paulistas esta sendo organizado. Nós professores do MRT, defendemos em todos os RE´s que participamos, a incorporação dos professores nesse ato, fazendo um chamado aos secundaristas em luta para uma forte mobilização nacional contra os ataques à educação.

Nos RE´s de Santo André, zona Centro-Oeste de São Paulo e Zona Leste, os professores aprovaram a incorporação na mobilização das estaduais paulistas. Também lutamos para que a incorporação fosse aprovada nos RE´s de Campinas e Zona Norte, porém a burocracia freou a participação dos professores, preferem seguir na paralisia a unificar a luta pela educação. Assim fazemos um chamado ao conjunto dos professores para que se mobilizem e sejam parte orgânica da luta que se desenvolve em todo os pais.

Segunda 16 de maio, as 12hs, concentração no Vão Livre do Masp e marcha até o CRUESP (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas). Unificar é essencial para vencer.




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