Dados do programa Voto Com Orgulho foram divulgados nessa segunda-feira (16) e mostram que foram cerca de 450 mil votos e 48 LGBT+ eleitos.
segunda-feira 16 de novembro de 2020 | Edição do dia
Pesquisa realizada pelo programa Voto Com Orgulho, da Aliança Nacional LGBTI+, mostra que LGBTs eleitos nesse ano receberam 450.854 votos. Os dados apontam que 48 foram escolhidos para os cargos de prefeito e vereador e 93 para suplentes.
Os estados que mais elegeram foram Minas Gerais e São Paulo. Sendo que em São Paulo, Érika Hilton (PSOL) foi a mulher mais votada, com cerca de 50 mil votos; em Belo Horizonte, a professora Duda Salabert (PDT) é a primeira trans a ser eleita para a câmara municipal; em Belém, a mulher mais votada pra câmara de vereadores também LGBT+, Vivi Reis (PSOL); já em Aracaju, Linda Brasil, do PSOL, é a primeira trans eleita vereadora da história.
O partido que elegeu o maior número de pessoas LGBTI+ foi o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com 25% de candidaturas escolhidas. Em seguida aparecem o Partido dos Trabalhadores (PT), com 22,7%, e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), com 2,3%.
Todos esses dados expressam um rechaço a todo o discurso da extrema direita, que quer combinar e aprofundar mais ainda a opressão e exploração, e mostram também um desejo de passar por cima de toda a trupe reacionária, como Nikolas Ferreira, bolsonarista eleito em BH que atacou Duda Salabert, destilando seu ódio e LGBTfobia.
Quando o fascistinha do vereador Nikolas Ferreira, que é do mesmo partido do Mourão, vomita sua LGBTfobia ele ataca todas nós e mostra que o ódio que ele carrega contra @DudaSalabert é na verdade seu ódio contra as mulheres, a juventude negra e trabalhadora e toda população LGBT
— FlaviaValle 50200 (@FlaviaValle_ED) November 16, 2020
Porém, em um momento no qual se aprofunda a precarização do trabalho e as condições de vida das LGBT+, que sofrem uma opressão absurda nesse sistema que reserva as piores condições possíveis de se viver, é preciso ir além da luta parlamentar.
É preciso apontar para a superação desse regime que aprofunda e mobiliza os preconceitos, as opressões para aumentar os lucros dos patrões, empresários e magnatas!
Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas são representantes de toda essa degradação. Para além de figuras abjetas como Fernando Holiday, que utiliza da identidade negra e LGBT para levar a frente toda uma política e ideologia declaradamente racistas e preconceituosas de subordinação e perpetuação da opressão.
Esse é um debate essencial no movimento LGBT+ de avançar em um combate ao regime de conjunto, avançando para uma perspectiva anticapitalista e revolucionária de combate às opressões.