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Nenhum movimento contra o teto dos gastos será admitido, diz Temer junto a 200 deputados

segunda-feira 10 de outubro de 2016 | Edição do dia

Neste domingo, o presidente Temer reuniu cerca de 200 deputados governistas em jantar no Palácio da Alvorada para defender a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria o mecanismo que limita o crescimento das despesas federais à variação da inflação do ano anterior.

No discurso para uma plateia de cerca de 210 deputados federais, o peemedebista defendeu que a eventual aprovação da iniciativa "não é apenas uma vitória do governo federal, mas também da classe política". Disse ainda que qualquer movimento contrário à implementação da medida não pode ser admitido, uma acintosa referência à repressão dos movimentos sociais que lutarem para barrar a medida.

"Nós estamos cortando na carne com essa proposta e todo o qualquer movimento ou ação corporativa que possa tisnar a medida do teto de gastos públicos não pode ser admitida", disse.

Segundo ele, ao aprovar a medida, a os Poderes Executivo e Legislativo "estarão fazendo história". O peemedebista ressaltou que seu objetivo é chegar no último dia do mandato erguendo as mão e dizendo que salvou o país.

"Nós estamos fazendo história até o último dia do governo federal. E, lá na frente, vamos erguer as mãos e dizer que salvamos o Brasil", afirmou.

Temer, o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-PE) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se reuniram para afinar o discurso do governo, que espera superar os 308 votos necessários para a aprovação da PEC em primeiro turno.

"Estamos confiantes de que a votação amanhã será positiva e que teremos número superior aos 308 votos necessários para aprovação do texto", afirmou Moura. "Nós já tínhamos certeza, pois passamos os últimos dias na confirmação dos deputados. A expectativa é que mais de 320 deputados do governo estejam na Casa amanhã", acrescentou.

A razão principal de Temer acelerar a votação da PEC241 é o resultado eleitoral, que ele considerou uma "vitória fantástica" da base aliada de direita que teria assim recebido um "cheque em branco" para aplicar as medidas. Trata-se de uma visão contraditória com a enorme proporção de abstenções, brancos e nulos (que alcançaram 35% em São Paulo, e 42,5% no Rio de Janeiro), a fragmentação do voto (maior desde 1988) e a profunda desconfiança nos partidos tradicionais do regime, o que pode gerar respostas da luta de classes.

Para saber mais: Entenda a PEC que congelará direitos até 2036




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