×

TERCEIRO ATO CONTRA AUMENTO DAS PASSAGENS EM SP | Nem repressão nem chuva impedem milhares de jovens e trabalhadores de se manifestar

Os dois atos realizados na cidade de São Paulo na noite desta quinta-feira tomaram importantes avenidas da cidade e contando com a presença de mais de seis mil pessoas escancararam como a tentativa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de amedrontar o movimento não foi vitoriosa.

sexta-feira 15 de janeiro de 2016 | 01:19

Foto: Jornalistas Livres/ Divulgação

Partindo de dois pontos de concentração, um no Largo da Batata (Zona Oeste) e outro no Theatro Municipal (Centro), se dirigiram a lugares diferentes da cidade, e ao contrário do discurso de Alckmin e seu secretário de segurança puderam transcorrer pacificamente.
Desde a repressão à manifestação de terça-feira que sequer pôde sair do lugar graças à ação da polícia tucana, se instaurou um debate sobre a necessidade ou não de comunicar previamente à polícia dos trajetos de manifestações. O próprio secretário de segurança, quando era um acadêmico e não um agente da repressão havia escrito em livro sobre direito constitucional que isto não seria necessário.

Geraldo Alckmin tratou os manifestantes de vândalos, tal como havia feito em Junho de 2013 e recentemente com os secundaristas. A convicção e disposição de luta naquele ano e recentemente permitiram ganhar o apoio da população e curvar o governador. Tal como em Junho o governador conta com uma aliança com o prefeito petista Haddad que hoje acionou o Ministério Público (MP) para intermediar negociações para evitar “violência dos manifestantes”. Contrariando Alckmin, a polícia, Haddad e o MP, os manifestantes mostraram hoje que violenta é a agressão que fazem os distintos governantes para amedrontar aqueles que tomam as ruas e desafiam os ajustes ao sabor dos lucros dos empresários do transporte.

Duas manifestações que reuniriam alguns milhares

Hoje a poucas horas das manifestações o MPL comunicou a imprensa e polícia do trajeto que eles determinaram sem consultar nenhum manifestante nas ruas, como afirmaram exaustivamente nos últimos dias que seria sua prática política.
A Juventude às Ruas e o Esquerda Diário opinam que a vitória conquistada em manter milhares nas ruas no dia de hoje depois da repressão de terça poderia ter sido mais contundente e expressado mais força política se os atos se encontrassem e unificassem, não só na rua como politicamente. A “batalha” para que os manifestantes possam decidir livremente seu trajeto e impor seu livre e pleno direito à manifestação segue.

As manifestações transcorreram sem problemas quanto à repressão, até o final de seus trajetos quando a polícia jogou algumas bombas tanto no entorno da estação Butantã como da estação Consolação. A polícia deteve manifestantes e segundo denunciou a Folha de São Paulo chegou a expulsar jornalistas da Estação Consolação enquanto reprimia jovens dentro da mesma. Para isso, lançou mão do esquema montado anteriormente com a direção do metrô, utilizando parte dos funcionários para cumprir papel policialesco contra a juventude.

O transcorrer pacífico até a dispersão das manifestações aconteceu apesar do ostensivo aparato militar mobilizado e da intimidação a todas pessoas com mochilas tanto no centro da cidade como na zona oeste da capital paulista. Ao final das manifestações a polícia apesar de ter ordens de conter sua sanha repressora no dia de hoje voltou a mostrar suas garras.

A manifestação com concentração no centro de São Paulo e que se dirigiu à Avenida Paulista juntou alguns milhares de jovens, junto a movimentos sociais como o MPL, sindicatos como o dos Metroviários e o SINTUSP, organizações políticas da esquerda como PSOL, PSTU, MRT, entre outros, e da juventude como a Anel, Juntos, Juventude às Ruas, Território Livre, entre outras. Por outro lado, a manifestação que se concentrou no Largo da Batata e se dirigiu ao Metrô Butantã teve uma composição proporcional maior de estudantes secundaristas, contou com menor presença de organizações políticas e da juventude.

A Juventude às Ruas esteve presente em ambas as manifestações. O Centro Acadêmico de Letras da USP (CAELL) organizou um importante bloco na manifestação da Zona Oeste que junto a estudantes secundaristas da região, como do emblemático colégio Fernão Dias mostravam em músicas a ligação da atual luta contra o aumento da passagem à vitória obtida pelos secundaristas que fizeram Alckmin recuar do projeto de “reorganização escolar”. Veja abaixo vídeo de cantos deste bloco na manifestação na Zona Oeste.

Veja abaixo algumas fotos dos atos:




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias