×

NATAL DA CRISE E DO AJUSTE | Natal de 2015 foi o pior em vendas nos últimos dez anos

sábado 26 de dezembro de 2015 | 00:00

O Natal de 2015 foi o pior em volume de vendas em dez anos para os shoppings centers brasileiros, segundo dados divulgados neste sábado, 26, pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). As vendas caíram 2,8% em termos reais, já descontada a inflação, fechando o período como o pior já registrado pela série histórica, que teve início em 2005.

Os dados foram apurados pela associação em uma pesquisa com 150 empresas de varejo que reúnem 7,5 mil lojas, levando em conta as vendas de 1º de dezembro ao dia 24, véspera de Natal.

Os segmentos que apresentaram aumento no volume de vendas, sempre na comparação com 2014, foram os de perfumaria e cosméticos. Na outra ponta, os artigos de decoração para o lar caíram 13,3%. Até mesmo a venda de brinquedos, tradicionais motivadores do comércio nesse período do ano, apresentou queda de 0,8%.

Os números de queda nas vendas de Natal em shoppings são mais um sinal de crise econômica que começa a afetar mais fortemente o comércio e o conjunto do setor de serviços, se expandindo para além da indústria e do setor público. A crise se aprofunda e afeta até mesmo um dos períodos de maiores vendas e contratações no comércio varejista, o período das festas de fim de ano.

Festas de fim de ano “magras”

Para os trabalhadores, a crise, neste período do ano, torna- se ainda mais emblemática, pois afeta diretamente, em meio ao período de férias de verão de filhos e, para alguns, do trabalho, os gastos com as festas de fim de ano e com lazer e alimentação. Com o aumento no desemprego – que já ultrapassa 8,5% (em pesquisa realizada pelo IBGE para o trimestre encerrado em agosto)-, no endividamento das famílias, nos preços dos alimentos e serviços – a inflação anual estaria em 10,8% segundo o Banco Central- somados à queda nos salários reais devido à inflação e redução das jornadas médias de trabalho.

Um Natal e Ano Novo “magros”, encolhidos pela crise, que tende a se aprofundar ao apagar das luzes de 2015. O primeiro semestre de 2016, deverá ser marcado por aumento na taxa de desemprego, nos preços de alimentos, serviços e tarifas, com a continuidade da agenda de ajustes de Dilma e Levy por Nelson Barbosa.


Temas

Economia



Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias