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ELEIÇÕES APEOESP | Nas eleições da Apeoesp Sudoeste, vitória em dobro contra a burocracia

As eleições da Apeoesp do último mês foram repletas de ações fraudulentas promovidas pela chapa 1, integrada pelo PT e pelo PCdoB, tendo à frente Maria Isabel “Bebel” Noronha. Este método, que usurpa a vontade real dos professores perante seu próprio sindicato, ocorre há anos, e na última eleição se incrementou com um golpe ainda mais baixo e absurdo: conflitar a data da eleição com a data da mobilização nacional em Brasília de toda a classe trabalhadora contra Temer golpista e sua turma, que querem aprovar reformas que na prática atacam diretamente a vida dos trabalhadores – o que, além de deixar os professores de fora da luta, tirou de cena também boa parte de um setor que ajudaria a fiscalizar as eleições.

quinta-feira 8 de junho de 2017 | Edição do dia

Em nossa regional Sudoeste, por conta inclusive do tamanho de nossa subsede, conseguimos no primeiro momento evitar boa parte destes métodos fraudulentos. Resultou em uma votação, dentre as seis vagas de conselheiros, de cinco integrantes da chapa 1 e uma da chapa 3 (Oposição Unificada), eu que me candidatei pelo Professores pela Base.

Não contentes em ser maioria e querendo de todas as formas evitar que mais professores da oposição ocupassem o Conselho Estadual de Representantes (segunda instância de decisão dos organismos do sindicato), a Articulação, corrente integrante do PT e parte da chapa 1, tentou uma manobra para alterar o resultado final de nossas eleições regionais. Enviaram um recurso à comissão eleitoral regional para que se apurassem os votos de uma das urnas, a qual havia sido impugnada – com a concordância entre todos das chapas no ato da apuração – por apresentar várias irregularidades que davam brechas para fraudes. Claramente, apurar uma urna que, além de irregular, havia ficado quatro dias sob os “cuidados” da chapa 1 sem a supervisão de ninguém, significaria somar votos duvidosos ao resultado. Querem na marra controlar o sindicato e as subsedes, nem que isso signifique o ridículo de fazer uma proposta como essa, de apurar uma urna que ficou aberta durante vários dias na posse deles. Brincam com a vontade dos professores sem o menor pesar.

Além disso, a presidenta da comissão eleitoral regional tentou passar por cima deste organismo, que é quem deveria pelo regimento avaliar recursos, encaminhando-o diretamente à comissão eleitoral estadual, onde tinham certeza que teriam a maioria dos votos para garantir a fraude. Afinal, Bebel e cia estariam lá.

Sabemos que a intenção era derrubar, por essa via, os últimos colocados que não eram do PT, dentre eles, eu, a única da oposição, para ter 100% de conselheiros da Chapa 1, coniventes com seus métodos nocivos aos professores para terem o controle absoluto da subsede e de seus recursos.

Imediatamente, ao sabermos da trama, denunciamos publicamente esta tentativa, já que os professores têm o direito de saber e de defenderem o seu sindicato e sua vontade política. Vários colegas de imediato já rechaçaram esse engodo da chapa 1 nas redes sociais, demonstrando logo de início uma disposição de fazer algo concreto para evitar a fraude. Enviaram inclusive e-mails à subsede se posicionando contra os métodos fraudulentos, expressando uma raiva que começa a surgir de forma mais concreta neste momento.

Professores de outras regiões também assumiram a campanha contra a essa manobra absurda, repudiando publicamente a Chapa 1. A professora Marcella Campos, também do Professores pela Base, eleita conselheira regional na subsede Norte, publicou em seu perfil no facebook: "Essa atual direção da Apeoesp, a Chapa 1, é uma verdadeira escória da categoria. Na zona norte somem com urnas, contratam bate-paus contra os professores e furam pneus de carros para atrasar o envio das urnas. Essa mesma gente que agora na subsede Sudoeste quer simplesmente tirar, sem ter se quer um único argumento, a conselheira eleita pela oposição Luciana Vizzotto. Para essa gente deixamos claro: Luciana fica!"

Por fim, a reunião da comissão eleitoral regional ocorreu mesmo com a tentativa do PT de invalidá-la – não enviando os membros da comissão de seu grupo – e nesta foi recusado o pedido de recurso fraudulento, evitando assim a alteração dos resultados.

Para nós, do Professores pela Base, essa vontade – de defesa do nosso sindicato contra aqueles que burocratizam a favor de seus privilégios e contra a organização democrática dos trabalhadores para a luta – precisa se estender enormemente. Aqui, nos garantiu uma vitória em dobro: a eleição e a garantia do respeito à vontade dos professores! Em vários lugares (como em Campinas onde a fraude foi descarada) e cada vez mais, ainda se faz necessária.




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