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GREVE DOS PROFESSORES DE SÃO PAULO | Em negociação Alckmin mantém intransigência sobre reivindicações

terça-feira 31 de março de 2015 | 00:01

Da Redação.

A terceira semana de greve dos professores do estado de São Paulo começou movimentada com a negociação que aconteceu nesta segunda-feira (30/03), na Secretaria de Educação, no centro de São Paulo. Esta reunião entre o secretário Herman e a Apeoesp já estava marcada mesmo antes da greve, e tinha como pauta o plano para a educação para os próximos 4 anos. Mas com a pressão da greve, que se fortaleceu na última semana com um ato de mais de 30 mil professores na sexta, 27, o governo discutiu as nossas reivindicações.

Este mesmo, que depois de afirmar na mídia que “não existe” greve e que não reconhecia a Apeoesp, viu-se obrigado a admitir que ela é real, uma vez que sentou à mesa com o sindicato para negociar. Enquanto isso, centenas de professores se concentraram na porta da Secretaria para pressioná-lo, com palavras de ordem como “Governo autoritário, não vai passar o corte de salário” e “Não tem arrego!”, aguardando o desfecho da negociação.

Porém, o governo não apresentou nenhuma resposta concreta às pautas dos professores, que pedem aumento salarial - que está defasado há anos -, de reabertura de 3 mil salas de aula fechadas, fim da superlotação das salas e o fim da chamada “duzentena” e “quarentena”, que institucionaliza a demissão dos professores temporários.

Segundo o sindicato, o governo apenas sinalizou com a possibilidade de transformar a “duzentena” em “quarentena”, o que não muda o fato de ficarem desempregados durante um período do ano e de que para este ano continuarão sem dar aula, já que o governo fechou salas de aula para reduzir os gastos e não acenou com a possibilidade de reabri-las.

Os professores prometem fortalecer o movimento, intensificando os comandos de greve nas escolas, para na quinta-feira, quando está marcada a próxima assembleia da categoria, lotar mais uma vez a Av. Paulista e dar uma resposta à intransigência do governo.

A greve de professores continua forte e vem recebendo diversos apoios. Além disso, o juiz do trabalho e professor livre-docente da Faculdade de Direito da USP, Jorge Luiz Souto Maior, publicou uma declaração confirmando a ilegalidade do corte de ponto dos professores grevistas.

Adriana Paula, Conselheira Estadual de oposição da APEOESP, que estava na Praça da República acompanhando o resultado da negociação, afirmou: “Alckmin e Herman antes não reconheciam a greve, agora sentam para negociar, mas na prática negam as reais reivindicações da categoria”. Sobre os passos que os professores deveriam dar, Adriana acrescentou que “para fortalecer a greve é preciso que a categoria possa decidir os próximos passos, já que direção de Bebel enganou a categoria em diversas outras oportunidades. Precisamos de espaço para os professores se expressarem nas assembleias e de uma comissão de negociação eleita pela própria categoria, e assim fortalecer nossa luta para derrotar o governador.”


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    Foto: Agencia EFE


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