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FEMINICÍDIO | Mulher é vítima de feminicídio em Campinas no país em que o presidente discursa misoginia a todo momento

quarta-feira 8 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Jovem de 29 anos foi mais uma vítima de feminicídio. Ela foi assassinada em seu local de trabalho em Campinas, interior de São Paulo, no último sábado (4). O autor do crime foi seu ex-namorado, Luiz Pereira da Silva, 40 anos, que cometeu suicídio logo em seguida. Segundo uma prima da jovem, os dois se relacionaram durante dois anos e estavam separados há três meses, mas o rapaz constantemente fazia ameaças à Camila pois não havia se conformado com o término do namoro.

Esse triste acontecimento é parte da cruel realidade de violência contra as mulheres no Brasil, sendo o feminicídio o último elo da cadeia de diversas formas de violência a que as mulheres são submetidas e que o sistema capitalista legitima e reproduz a ideologia patriarcal em benefício próprio para explorar o trabalho das mulheres e mantê-las não apenas como propriedade de seus maridos e namorados, mas como uma mão de obra de segunda categoria a ser explorada.

Apesar de existir leis progressistas em determinar que existe violência de gênero e feminicídios, como a Lei Maria da Penha, os dados da realidade da violência contra as mulheres são escandalosos. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pros Direitos Humanos (ACNUDH).

Vivemos num país com um presidente reacionário e misógino como Bolsonaro, que reproduz em seus discursos que o lugar da mulher é se manter subjugada as vontades dos homens, como propriedade e incapaz de exercer funções que os homens exercem. Esse tipo de discurso e a política de descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora, que fará mais ainda que as mulheres trabalhadoras vivam em condições de miséria e violência. É uma política que claramente incentiva que casos como o de Camilla sigam sendo uma cruel realidade.

É fundamental encarar este caso como não isolado e sim como parte da realidade imposta pelo sistema capitalista patriarcal as mulheres e por isso é fundamental a organização e luta das mulheres junto aos trabalhadores e juventude contra toda forma de opressão e violência contra as mulheres.




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