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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA | Mulher é feita de refém por 12 horas nas mãos de pastor e é agredida em transmissão ao vivo

Mulher do pastor Jesus Gorgs, que por motivos de segurança terá o nome preservado, foi mantida refém pelo pastor por mais de 12h no final do dia 12 e por meio de uma “live” no Facebook divulgou as agressões feita a ela, que só terminaram com a rendição do pastor. O episódio absurdo ocorreu em Campo Grande, e suposto motivo teria sido ciúmes de um caso entre a mulher e um amigo de Gorgs.

sexta-feira 13 de março de 2020 | Edição do dia

Mulher do pastor Jesus Gorgs, que por motivos de segurança terá o nome preservado, foi mantida refém pelo pastor por mais de 12h no final do dia 12 e por meio de uma “live” no Facebook divulgou as agressões feita a ela, que só terminaram com a rendição do pastor. O episódio absurdo ocorreu em Campo Grande, e suposto motivo teria sido ciúmes de um caso entre a mulher e um amigo de Gorgs. Mesmo com a mulher pendido durante toda antes e durante a “live” para o pastor deixa-la, ele só para quando a casa é invadida pela polícia militar.
O pastor será autuado peles crimes de cárcere privado, ameaça e lesão corporal. Contudo, mesmo com as horríveis cenas, Jesus Gorgs não foi acusado de tortura pois de acordo com a delegada responsável pelo caso, Sueili Araújo, não é possível confirmar que ele que teria causado os hematomas assim como isso também não foi denunciado pela vítima.

Todo esse episódio é uma grande expressão da opressão que é imposta às mulheres dentro do capitalismo, principalmente por setores como das igrejas evangélicas, que não atoa, são uma das principais bases sociais do Bolsonarismo. O quadro se torna mais absurdo ao vermos que ele ocorreu logo após a semana do 8M, dia internacional e histórico de lutas das mulheres, e também na semana de dois anos da morte de Marielle Franco, mulher negra, lgbt, favelada e socialista. Assim como também, não devemos ver esse caso com um mero “crime de ciúmes”, na verdade, ele expressa todo ódio contido que o patriarcado tem pelas mulheres e sua necessidade de oprimir e explorar as mulheres, o que se é visto quando, em ua suposta situação onde as mulheres rompem com a imposta condição de “propriedade dos maridos”, se deparam com instituições com igrejas, e mesmo a justiça, pronta para o defender o agressor ou então amenizar a situação.

O governo Bolsonaro e sua base para além de atacar as mulheres como nesse absurdo caso, também o faz com a aplicação das reformas, como a da Previdência e Trabalhista, que permite desde mulheres gravidas trabalharem em lugares insalubres como também que trabalhem até morrer! Lembrando que são as mulheres, principalmente as mulheres negras, que são as mais atingidas pela terceirização, onde há total precarização dos postos de trabalho e pouquíssima estabilidade por conta das constantes trocas de empresas por “falência”, etc.

Por isso nós do Esquerda Diário deixamos desde já nosso completo rechaço a esse crime, que é um crime de ódio as mulheres. Desde já nos fazemos uma caixa de ressonância da luta das mulheres, colocando a importância da luta tanto contra esses episódios como também contra das reformas - que tiveram seu início nos governos do PT - que estão colocadas, por meio da mobilização e auto-organização nos espaços de trabalho e estudo. Sabendo claramente que não podemos contar com a aliança de mulheres como Damares, Janaina Paschoal ou mesmo da delegada Sueili Araújo, que ao relativizar o claro caso de tortura, se colocam ao lado da extrema-direita e da burguesia para atacar as mulheres.




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