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Ex-companheiro invadiu a casa da vítima e a assassinou com facadas.

terça-feira 17 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Fonte: feminicidionobrasil.com.br

O ano de 2017 mal começou e já registrou inúmeros casos de feminicídio no Brasil. Na última segunda-feira (16), Maria Betânia Gomes Cunha foi assassinada pelo ex-companheiro, em Paragominas, no sudeste do Pará. Segundo familiares da vítima, o suspeito não aceitava o fim do relacionamento. Para a polícia, trata-se de um caso de feminicídio.

Maria Betânia Gomes Cunha era dona de casa, tinha 35 anos e foi morta à facadas pelo ex-companheiro com quem manteve um relacionamento de apenas dois meses. Eles já estavam separados há um mês. A grande maioria dos casos de feminicídio são crimes passionais cometidos por pais, namorados, esposos, amigos, pessoas próximas da mulher. O caso de Maria não foi diferente, seu ex a tinha como sua propriedade, visão doentia e possessiva decorrente do patriarcado e do machismo.

De acordo com a polícia, o criminoso se aproveitou do momento em que o atual companheiro de Maria Betânia saiu para ir à padaria e invadiu a casa, no bairro Jardim Atlântico. Na hora do crime, por volta das 6h30, quatro dos cinco filhos da vítima dormiam na casa.

"A gente não espera uma coisa dessa, né? A mãe da gente, sempre cuidou da gente. Um perdido vem e tira a vida dela", lamentou o filho de Betânia, Magno Souza Cunha.

O responsável pelo crime está foragido. Segundo informações preliminares, ele morava em frente à casa da ex-companheira e já havia anunciado para algumas pessoas que não retornaria na segunda-feira ao trabalho porque tinha uma tarefa a fazer.

"De posse da identificação dele, realizamos levantamento da vida preegressa. Ele já responde a uma tentativa de homicídio e a um homicídio, fato este que era até de conhecimento da ex-companheira dele. Se não for possível capturá-lo ainda na situação de flagrante, nós vamos representar pela prisão preventiva", afirmou o delegado Pedro Rocha.

O assassinato de Maria Betânia, assim como de Janaína, Gabrielly e Isamara, vítimas fatais da violência machista em 2017, é contra todas as mulheres.




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