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MORO MINISTRO DE BOLSONARO | Moro disse em 2016 que não entraria na política: "Não existe esse risco"

Hoje (01), o golpista Sérgio Moro viajou até o Rio de Janeiro para se encontrar com Bolsonaro. Em 2016, no ano do golpe, Moro afirmou não haver risco de entrar na política; este ano, aceita cargo de ministro da Justiça no governo de Bolsonaro, deixando escancarado a motivação política por trás da Lava-Jato.

quinta-feira 1º de novembro de 2018 | Edição do dia

O juiz Sérgio Moro ficou muito popular por ser o "rei" da Operação Lava-Jato, responsável também por prender arbitrariamente o ex-presidente Lula. Em 2016, em entrevista Moro afirmou que não entraria na política: "Não existe esse risco"´. Hoje (1), se reuniu com Bolsonaro no Rio de Janeiro para aceitar o cargo de ministro da Justiça oferecido pelo ultra-reacionário presidente eleito. A Lava-jato foi vendida pela mídia, pelo governo e pelo judiciário como um mecanismo de luta e combate à corrupção entre parlamentares e empresários, quando na realidade, era uma forma de atuação do judiciário que possibilitou uma série de arbitrariedades selecionando praticamente a dedo o sucessor do golpista Michel Temer.

A prisão de Lula, sob comando de Moro, se desdobrou em um processo que negou leis básicas do direito e foi recheada dos mais sujos processos, como vazamentos de áudios e delações premiadas. Sequestrou o direito do povo escolher em quem votar, impedindo que o candidato líder das pesquisas pudesse se candidatar, e também, por via da biometria impediu mais de 3 milhões de votar. O autoritarismo do judiciário travou um caminho para tentar implementar o plano A da burguesia, que era a eleição de Geraldo Alckmin. Fracasso miseravelmente, surge então o "filho indesejado da Lava-Jato", Jair Bolsonaro, com um plano de governo que quer aplicar ainda mais violentamente os ajustes e reformas de Temer.

Moro, que também disse que não havia crime de corrupção pior que o caixa 2, fechou os olhos quando Bolsonaro protagonizou um verdadeiro escândalo junto à um grupo de empresários que gastaram cerca de R$12 milhões comprando pacotes de disparo de mensagens via WhatsApp, disseminando fake news contra o petista Fernando Haddad. Agora, entra em seu governo, assumindo um cargo ao lado de um presidente que cometeu o que Moro considerava "o pior de todos os crimes", escancarando completamente o caráter parcial e a verdadeira motivação política por trás da Lava-Jato.




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