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TERCEIRIZAÇÃO | Ministro golpista da Casa Civil é aplaudido por empresários ao defender a terceirização

O ministro golpista da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi aplaudido por empresários e executivos nesta quinta (16) em evento em São Paulo ao falar da terceirização do trabalho em um eventual ataque aos direitos trabalhistas.

sexta-feira 17 de junho de 2016 | Edição do dia

Eliseu Padilha afirmou que a "’reforma trabalhista’ tem que vir junto com os ataques a previdência, ou logo depois, e que é preciso ’fomentar o aumento da produtividade com a formação de pessoas, o que implica a revisão do ensino’".

De acordo com o ministro golpista, ambos os ataques estão "no horizonte deste ano’’.

Ele agradou a plateia de representantes do setor privado ao afirmar que o país precisa "modernizar o processo produtivo, alem de formalizar o emprego e caminhar rumo a terceirização". De acordo com o golpista Eliseu Padilha "Temos que caminhar no rumo da terceirização. Aquele projeto que está no senado deve ser votado com alguma rapidez".

Para responder à enorme crise institucional aberta com as delações de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro que já derrubou três ministros e citou Temer, os golpistas tem que atacar os trabalhadores com rapidez para ver se respiram ares de apoio por parte da patronal (principalmente da FIESP, que ouviu conferência privada de Temer e Meirelles).

O golpe institucional ocorreu porque que a burguesia desejava por ataques maiores e com mais rapidez contra os trabalhadores do que o ex-governo de Dilma realizou. Desde que o golpe institucional foi consolidado, o governo de Michel Temer vem encontrando enormes dificuldades pra aplicar estes ataques prometido ao imperialismo, conforme elaboramos aqui.

A promessa feita pelo o ministro golpista Padilha tem o interesse de convencer a burguesia de que "é preciso ter paciência" pois Michel Temer ainda é capaz de aplicar tais ataques.

Sobre reforma da Previdência, o ministro afirmou que o governo não tem uma proposta porque ela precisa ser "costurada" em conjunto, citando o interesse das centrais sindicais e dos cidadãos em geral. Ele disse ser responsável por coordenar pessoalmente a reforma da Previdência e que já teve seis rodadas de reuniões com as representações sindicais e dos empresários.

Enquanto ficam nesta luta palaciana, o governo golpista de Temer e o setor que hoje quer desgastar o PMDB tem um interesse em comum: Fazer com que os trabalhadores paguem pela atual crise econômica. No atual cenário de crise política que o país está vivendo, discutir a terceirização com setores burgueses pode ser uma saída que o golpista do Michel Temer encontre para se manter no governo.

A terceirização além de ser um meio em que a burguesia utiliza para aumentar a sua taxa de lucro através da precarização do trabalho e retirada de direitos, visa também dividir a classe trabalhadora enfraquecendo suas lutas. Se depender da frente golpista (empresários, mídia, partido judiciário e Legislativo), a cobiçada PL 4330 pela FIESP, que visa terceirizar atividade fim pode ser imposta contra os trabalhadores sem menor problema.

O golpe ocorre, os golpistas prometem ataques contra os trabalhadores e a CUT continua com a sua paralisia. A CUT meramente se diz interessada em "regulamentar a terceirização", chegando a propostas aberrantes como o ACE (votado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), que significa que o negociado fica acima do legislado, um dos principais pontos da reforma trabalhista contra os quais milhões de jovens e trabalhadores protestam na França.

Com a crise econômica e política que o Brasil está vivendo, existem motivos de sobra para que os trabalhadores se organizem e deem uma resposta independente para os problemas atuais do país. Porém os trabalhadores e demais setores populares da sociedade esbarram na CUT, CTB, UNE, MST e MTST que ao invés de organizar uma grande batalha contra o governo golpista do Temer e os ajustes do governo, continuam isolando, asfixiando e paralisando qualquer expressão de luta da classe trabalhadora que obstaculizasse Temer.

É preciso enfrentar governo golpista quer intensificar a terceirização, porém não podemos ter nenhum pingo de confiança que o PT é a saída para combater este problema que atinge milhares de trabalhadores, pois o que vimos no governo de Lula e Dilma é a terceirização avançar. Se hoje a CUT, CTB, UNE, MST e o MTST não lutam seriamente contra o governo golpista do Temer, é porque apoiam o ex-governo e qualquer luta independente contra o golpista Michel Temer passa também por questionar Dilma e Lula. Estas centrais petistas rompam seu silêncio criminoso e levantem um plano de luta com greves, piquetes e paralisações dos grandes centros da economia para barrar os golpistas.

A saída contra a terceirização, mas também contra todas as formas de trabalho precário que atinge varias categorias, como é denunciado aqui e aqui, é lutar por uma assembleia constituinte livre e soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Uma assembleia constituinte onde os trabalhadores possam por um fim na terceirização, efetivar todos os funcionários que hoje são terceirizados, no caso do setor público sem concurso, assim lutar contra o trabalho precário e também contra o desemprego.




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