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OPERAÇÃO ZELOTES | Ministro do TCU também é suspeito de corrupção, diz Operação Zelotes

O ministro do TCU, Augusto Nardes é suspeito de ter recebido 1,8 milhões de reais por anular dívida do grupo RBS, ligado à Globo, segundo Operação Zelotes

Tassia ArcenioProfessora e assistente social

sexta-feira 9 de outubro de 2015 | 00:00

A Operação Zelotes que investiga pagamento de propina ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), responsável por analisar processos de devedores à Receita Federal e é ligado ao Ministério da Fazenda, está em sua terceira fase e coloca o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes como suspeito de receber 1,8 milhões da SGR Consultoria.

O ministro do TCU que liderou a votação ontem em que foi decidida a rejeição das contas do governo Dilma em 2014, é suspeito de ter recebido três parcelas de 600 mil reais cada da SGR por ter colaborado para anular uma dívida de 150 milhões de reais do grupo RBS, correspondente da Globo no Rio Grande do Sul e um dos investigados.

Na primeira etapa, foi descoberto o envolvimento da RBS, Gerdau, Petrobrás, Bradesco, Santander, Camargo Corrêa, da alimentícia BR Foods, entre outras, que estariam no esquema junto aos escritórios de advocacia, assessoria e consultoria, que através do pagamento de propina aos conselheiros do CARF, buscavam a anulação ou redução das suas dívidas fiscais.

Augusto Nardes que já foi filiado ao PP (Partido Progressista), se tiver sua participação confirmada pela Operação Zelotes só poderá responder a possíveis processos criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) já que ocupa o cargo de ministro do TCU.

No momento em que o país atravessa uma importante crise política e tem os efeitos da crise econômica e medidas de austeridade e ajustes descarregadas nas costas dos trabalhadores, o envolvimento de grandes empresas, empreiteiras, bancos, políticos ligados ao governo e à oposição de direita, e até de ministros de instituições que deveriam funcionar com autonomia administrativa e com independência de empresas e governos em escândalos de corrupção, mostra que essa democracia dos ricos que vivemos é cada vez mais um regime degradado.

Para os trabalhadores, é preciso construir uma saída política através de suas próprias forças em aliança com os grupos oprimidos e o povo pobre, pois com o governo de Dilma, Cunha e Levy e com a oposição de direita do PSDB o país continuará imerso em escândalos de corrupção dos ricos e ataques à classe trabalhadora e à toda população.




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