sexta-feira 10 de julho de 2015 | 00:05
Nesta quinta-feira 9 de julho foi aprovada a convocação do Ministro de Justiça José Eduardo Cardozo (PT) pela CPI da Petrobras para esclarecer escuta achada na cela do doleiro Alberto Youssef.
A convocação do Ministro Cardozo, como superior da PF é justificada para esclarecer as irregularidades da Polícia Federal no processo, pois em sindicância feita pela própria PF esta concluía que o grampo já estava inativo, versão desmentida pela última declaração dos policiais Dalmey Werlang e José Alberto Legas . Tentativas de barrar a convocação do Ministro de Justiça na CPI foram feitas por seus assessores, mas sem resultados.
Aprovada por unanimidade, a pauta de convocação foi apresentada por Luiz Sérgio do PT, relator da CPI para "salvar a operação" e esclarecer as possíveis irregularidades dentro da própria polícia federal. Sua convocação em acordo com o PT que protestou muito mais contra a tentativa de convocação de José Dirceu, mostra o desgaste deste ministro internamente a seu partido, e como a crise do governo Dilma afeta não somente a presidente mas também seus mais importantes colaboradores como este ministro.
A convocação do Ministro Eduardo Cardozo faz parte de uma lista maior de convocações que inclui também Adarico Negromonte colaborador de Youssef e irmão do ex ministro das cidades Mário Negromonte, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht e a advogada Beatriz Catta Preta envolvida nos acordos de colaboração do Lava Jato.
Ainda foram aprovados requerimentos para a convocação de figuras como Júlio Camargo delator da operação Lava Jato, o agente da Polícia Federal Jayme "Careca" Oliveira, quem afirma ter sido "office boy" do doleiro Youssef, ambos personagens que podem implicar o Presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no esquema de corrupção da Petrobras.
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