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PARALISAÇÃO EM BH | Milhares nas ruas de BH em dia de paralisação nacional

O ato em Belo Horizonte da paralisação nacional desse dia 25, chamada por diversas centrais sindicais, reuniu cerca de 4 mil pessoas no centro da capital mineira, com expressivo peso de estudantes secundaristas.

sábado 26 de novembro de 2016 | Edição do dia

Foto: Maxwell Vilela

Desde cedo estudantes secundaristas e universitários se concentraram na Praça Sete e ali passaram a manhã agitando palavras de ordem contra a PEC 55, a MP 746 e o governo golpista de Michel Temer. No decorrer da manhã, as centrais sindicais CTB, UGT, Força Sindical e CSP-Conlutas foram somando-se aos estudantes, que fecharam duas faixas da Av. Afonso Pena.

Estudantes da Música e da Escola de Belas Artes da UFMG fizeram uma marcha fúnebre pelas ruas do centro e ao chegar na praça sete, fizeram uma intervenção que simulava a vida da classe trabalhadora em 2036, após os 20 anos de congelamento dos investimentos que prevê a PEC 55, e o velório simbólico da saúde e educação públicas.

No fim da manhã, o ato convocado pela CUT, que estava concentrado separadamente na Praça da Estação, se reuniu ao ato da Praça Sete, e os manifestantes fecharam todas as vias em torno do “pirulito” da Praça Sete. Junto com a manifestação da CUT, chegaram também os servidores técnico-administrativos da UFMG, que seguiram em ato desde o campus da UFMG pela Av. Antônio Carlos até a concentração da CUT.

A polícia militar tentou deter três estudantes. Visto a intensa repressão do dia anterior contra o ato secundarista, os estudantes colocaram-se rapidamente à frente contra a detenção e contra a repressão, fazendo a polícia recuar.

O dia também foi marcado por uma manifestação de mulheres por conta do dia 25 de novembro ser também dia internacional de combate à violência contra a mulher. A manifestação foi chamada como “Ni Uma Menos”, a exemplo das grandes manifestações da Argentina contra o feminicídio, e também se concentrou pela manhã na Praça da Estação.

Esse dia 25 em Belo Horizonte foi uma demonstração de forças principalmente dos estudantes secundaristas. Porém, mais uma vez as grandes centrais sindicais não mobilizaram a base das categorias de trabalhadores onde dirigem os sindicatos, fazendo esse dia ser mais um dia de paralisação apenas nas palavras. Apenas algumas categorias de trabalhadores estiveram presentes, como professores da rede, ecetistas, técnico-administrativos da UFMG, além de outros que atrasaram a entrada em uma hora, como os petroleiros da REGAP em Betim.

Nesse momento, em que o governo Temer ataca trabalhadores e estudantes, e o governo estadual de Pimentel, do PT, também não perde a oportunidade de reprimir manifestações estudantis, é preciso que estudantes e trabalhadores fortaleçam a unificação das manifestações para golpear de uma só vez os governos. Assim, é também urgente que essa luta se dê de maneira independente do PT e PCdoB, que hoje dirigem tanto as grandes centrais como CUT e CTB, como as entidades estudantis UNE e UBES e o DCE da UFMG por via do Levante Popular da Juventude, e em exigência a que essas centrais e entidades rompam sua subordinação ao PT de fazer uma oposição comportada ao governo Temer e por essa via enfraquecendo a articulação nacional da luta contra a PEC e contra o governo golpista. Veja aqui a declaração de Flavia Valle sobre esse tema e a necessidade da luta se desenvolverem de forma independente do PT e por uma saída de fundo para a crise política que permita os trabalhadores entrarem como sujeito político contra Temer e a direita, por via de uma assembleia constituinte imposta pela luta.

Veja abaixo a intervenção de Francisco Marques, estudante de Filosofia da UFMG, ocupante do CAD 1 – UFMG e militantes da Faísca, em que denuncia a repressão policial do dia anterior e chama a travar uma luta independente que posso levar essa luta à vitória.




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