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METRÔ | Metroviários de SP fazem manifestação em defesa da sede do sindicato

A manifestação aconteceu nesta quarta (22) e contou com apoio de diversas entidades sindicais, estudantis, movimentos sociais, organizações e parlamentares.

quinta-feira 24 de junho de 2021 | Edição do dia

Os metroviários de SP realizaram uma manifestação em defesa de sua sede histórica, localizada na zona leste de São Paulo. A empresa e o governo Doria realizaram um enorme ataque à organização dos metroviários ao leiloar o terreno onde está o prédio da sede do sindicato, construído pelos próprios trabalhadores, e com seus prórpios recursos, há mais de 30 anos.

A manifestação se concentrou na estação Tatuapé, onde o sindicato, entidades e organizações fizeram falas de solidariedade e apoio, caminhando pela Radial Leste até a sede que está localizada há poucos quarteirões da estação.

Nós do Esquerda Diário, estivemos juntos aos companheiros do movimento Nossa Classe e da Juventude Faísca, cobrindo e apoiando ativamente essa luta dos metroviários de SP.

Veja fala de Fernanda Peluci, diretora do Sindicato dos Metroviários de SP pela Chapa 4 Nossa Classe:

Doria e a empresa pretendem atacar o direito à organização dos metroviários, ao mesmo tempo que seguem atacando os direitos conquistados pela categoria com muitos anos de luta. Assim como Bolsonaro, Mourão, congresso e STF, buscam abrir uma avenida para atacarem outras categorias e fazer os trabalhadores e a juventude pagarem pela crise econômica e sanitária, avançando em medidas como a privatização da Eletrobras, na Reforma Administrativa e fechando universidades públicas. Sabem que se conseguem impor uma derrota a uma categoria estratégica como os metroviários, poderão avançar sobre outras que possuem menos organização, e precarizar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e da população.

Por isso, nós da Chapa 4 Nossa Classe viemos defendendo na diretoria do sindicato e nos demais fóruns da categoria que a luta em defesa da nossa sede deve ser a mesma luta em defesa de nossos direitos, pois com um ataque à nossa organização sindical, estaremos mais debilitados para resistir à ofensiva do governo e da empresa ao nosso acordo coletivo.

Confira a fala de Marcello Pablito, do MRT e representante do Conselho Diretor de Base do Sindicato dos Trabalhadores da USP:

Viemos debatendo também, que é necessário que nossa luta se ligue às demandas da população que utiliza todos os dias o metrô cada vez mais lotado em meio à pandemia, sem direito nem à vacina. São trabalhadores e jovens que precisam sair em busca do sustento de suas famílias, correndo risco de se contaminarem em meio ao desemprego e a fome.

Diante dessa situação e de mais de meio milhão de mortos no nosso país, não podemos esperar 2022 e nem uma manifestação pra daqui um mês. É preciso que agora os sindicatos e entidades estudantis contruam nos locais de trabalho e estudo, assembleias democráticas para que se tire um plano de lutas unificado com outras categorias, estudantes e movimentos sociais, com manifestações, greves e uma paralisação nacional. Somente assim poderemos impor uma derrota a Bolsonaro, Mourão, governadores e congresso que só querem nos atacar.

Veja a fala da Juventude Faísca, com Clara, estudante de Pedagogia e da USP e parte do Centro Acadêmico Prof Paulo Freire, e Laura, estudante de Letras da USP:

Uma vitória dos metroviários pode significar um grande impulso para que outras categorias possam resistir aos ataques de governos e patrões. Por isso, nós da Chapa 4 Nossa Classe chamamos o restante da diretoria de nosso sindicato a construirmos setoriais e assembleias democráticas, onde todos os metroviários possam falar e fazer propostas que sejam levadas à votação. Assim estaremos mais fortalecidos para defender nossa sede e também nossos direitos que Doria e a empresa querem retirar.

A SEDE DO SINDICATO DOS METROVIÁRIOS FICA!




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