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METRÔ | Metroviário é atropelado por trem após Doria atacar direito de greve e abrir Metrô sem segurança

Na última quarta feira, 19 de Maio, enquanto os metroviários seguiam reivindicando seus direitos na greve contra os ataques sofridos pelo governo Doria e pela direção do Metrô de São Paulo, um acidente gravíssimo colocou em risco a vida de um funcionário que atuava no Plano de Contingência imposto pela companhia.

sábado 22 de maio de 2021 | Edição do dia

O Plano de Contingência nada mais é do que uma atitude irresponsável e ilegal da direção da empresa que, por meio de um rápido treinamento, ou até mesmo sem oferecer treinamento algum, desvia funcionários de suas reais funções, para que os mesmos operem trens durante a greve, com a intenção de manter parcialmente o funcionamento das linhas, atacando o direito de greve dos trabalhadores. Ocorre que, para operá-los, o treinamento deve ser muito específico e detalhado, justamente para evitar que acidentes graves como o que ocorreu com o funcionário, aconteçam.

O metroviário acidentado, que cumpre cargo de chefia no metrô, foi atingido por um trem. Ele segue internado na UTI, teve fratura no quadril, diversas escoriações e passará por cirurgia. A empresa ainda não se pronunciou sobre o pedido feito pelos trabalhadores de reunião extraordinária da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

Esse ciclo de graves erros e esse terrível acidente, nos mostra o quão despreparados esses funcionários são para participarem do Plano irresponsável que a empresa impõe, visto que grande parte deles são coagidos e obrigados a fazerem parte, com o objetivo único e exclusivo do Metrô e do governo de atacarem o direito de greve da categoria. E no mesmo dia que o Metrô de SP coloca em prática este plano de contingência atacando o direito de greve, a justiça ataca do outro lado, impondo multa diária de 1 milhão de reais para os trabalhadores caso a greve seguisse.

É necessário apurar minuciosamente esse acidente pela via de uma comissão independente de trabalhadores, denunciar e responsabilizar o Metrô e o governo Doria por colocarem em risco os seus funcionários e também os passageiros, que sequer têm conhecimento dos perigos aos quais são expostos quando o Plano de Contingência é colocado em ação.

É necessário e urgente também, o fim desse Plano criminoso e ilegal, antes que mais vidas sejam arriscadas e até mesmo perdidas nas mãos desse governo medíocre que visa apenas seus lucros. A greve dos metroviários é um direito democrático. Irresponsável é expor e atacar os direitos dos trabalhadores que estão na linha de frente trabalhando sem parar durante a pandemia. Assim como atacar a população e a classe trabalhadora diariamente, seja na luta por seus direitos, seja na necessidade de encarar transportes públicos lotados em plena pandemia, sem nem ao menos garantir vacina para todos e todas, como requer a categoria metroviária em uma de suas pautas.




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