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METROVIÁRIOS SP | Metrô mantém ’super salários’ em meio a sua pior crise financeira

Em matéria divulgada hoje (23/05) pelo jornal “O Estado de S.Paulo” assinada por Bruno Ribeiro, afirma-se que o Metrô mantém 109 funcionários em cargos como “assessor técnico III”, “especialista III”, “chefe de departamento” e “gerente” ganhando salários mensais entre R$21,7 mil e R$35 mil, o que resulta por ano R$35 milhões aos cofres da empresa.

segunda-feira 23 de maio de 2016 | Edição do dia

Todos nós sabemos que são cargos do alto escalão da burocracia da máquina do governo. Enquanto um oficial da manutenção de trens ou mesmo um agente de estação recém-chegado na companhia não ganha 10% desse salário, o Metrô mantém benefícios e regalias a pessoas que mal sabemos quem são, onde trabalham e qual o ofício de fato realizam. Quem está dia a dia nas estações percebe o sufoco cada vez maior que tanto os funcionários que ali trabalham, quanto os usuários que utilizam do (cada vez pior) serviço, estão passando.
O Secretário Estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou na matéria ao Estadão que “os salários iniciais mais altos no Metrô estão em R$25 mil” mas que “a empresa tem muitos funcionários antigos , que ao longo da carreira receberam vários benefícios, e assim foram acumulando vencimentos maiores(...)A gente é obrigado a reajustar os salários.” O quê Pelissoni não diz é que estes funcionários sempre trabalharam na máquina burocrática da empresa, nunca no chão do pátio de manutenção ou na plataforma da estação.
Como denunciamos neste Esquerda Diário há algumas semanas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote de mais de R$300 milhões no Metrô entre os anos de 2011 e 2014 para “honrar o contrato” com a ViaQuatro, concessionária responsável pela Linha 4 Amarela e que também é investigada pela Operação Lava Jato por fraudes em licitações de obras na Copa do Mundo de 2014 e agora quer fazer com quê os metroviários paguem pela crise e o rombo que ele deixou. Diversas ações como a retirada de uniforme no dia 23 mostram a disposição em resistir a duros ataques que estão por vir.
Os metroviários do Movimento Nossa Classe e do MRT denunciaram e apontaram na ultima assembleia realizada na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo que somente uma greve unificada com ferroviários da CPTM e rodoviários pode dar uma saída de fundo para a grave crise nos transportes públicos e colocar o governo do Estado em xeque, tomando as lições que os jovens estudantes secundaristas deram no ano passado derrotando Alckmin e seu projeto privatista.
Por um transporte público, gratuito e de qualidade sob controle dos trabalhadores e usuários! Estatização de toda a malha metroferroviária! Contra qualquer privilégio ou cargo que tenha regalias a mais que qualquer oficial de manutenção ou agente de estação!




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