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TERCEIRIZAÇÃO METRÔ SP | Metrô de SP mantém irregularidades trabalhistas com a terceirização na Linha 1

Alckmin e Metrô mantém irregularidades trabalhistas e colocam cotidianamente mais trabalhadoras terceirizadas em risco no "Metrô mais limpo do mundo"

Felipe GuarnieriDiretor do Sindicato dos Metroviarios de SP

sábado 6 de agosto de 2016 | Edição do dia

Depois do escândalo que foi o contrato com a empresa de Limpeza Higilimp na Linha 1 do Metrô, marcado pela tragédia da morte da funcionária Regina Paz em pleno local de trabalho, com a dona desta empresa fugindo e roubando o pagamento das trabalhadoras, o Metrô e o governo Alckmin que se fingiram de desentendidos na época, mantiveram a terceirização, agora com uma nova empresa chamada Soluções.

Além de manter a superexploração do trabalho, com salários miseráveis para as trabalhadores e sem direitos iguais ao restante dos metroviários, as irregularidades trabalhistas permanecem. Desde janeiro, quando assumiu o contrato, a empresa Soluções não se adequou a CIPA, onde nem mesmo a abertura do processo eleitoral da CIPA foi divulgado para que as trabalhadoras terceirizadas pudessem buscar melhores condições de trabalho com maior segurança.

A denúncia foi apresentada pelos representantes da bancada de trabalhadores da Subcomissão de Integração da CIPA Linha 1 do Metrô. Em resposta extra oficial a empresa Soluções disse que "a CIPA está ocorrendo, mas de forma diferente...". Uma resposta no mínimo curiosa, já que o próprio parecer do SESMT (Segurança do Trabalho) afirma que a Soluções não está adequada a CIPA.

Por trás da fachada do Metrô mais limpo do mundo, embaixo da terra as funcionárias terceirizadas vivem sob condições de trabalho do século 19. Essa prática é um dos pilares de sustentação do elaborado esquema de corrupção tucana, popularizadas como trensalão, já denunciado em diversas matérias no portal Esquerda Diário.

Enquanto os patrões seguem lucrando com a terceirização e privatização dos transportes, Alckmin e o PSDB blindado pela grande mídia e pelo Judiciário, perdoam dívidas milionárias das multinacionais (como no caso da Alston), arquiva processos de investigação e anuncia mais e mais privatizações. Esse dinheiro manchado pelo sangue e suor de milhares de trabalhadoras terceirizadas é o mesmo que financiará as candidaturas tucanas em SP e em outras capitais do país nas eleições municipais.




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