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CRISE NO RIO DE JANEIRO | Mesmo com empréstimo, Pezão atrasa pagamento dos salários dos funcionários

sexta-feira 12 de fevereiro de 2016 | 00:00

O governador Pezão depois de atrasar os salários de 497.702 servidores ativos e aposentados e pensionistas do Rio Providência, anunciou o pagamento do salário de janeiro, hoje 11 de fevereiro.

O pagamento teria sido realizado ao longo do dia e portanto pode acabar sendo realizado após o fechamento do expediente bancário. Na sexta-feira passada (5/2) o Estado já efetivou o pagamento dos salários de 8.315 funcionários de 13 empresas públicas.

O atraso nos pagamentos de funcionários efetivos e terceirizados vem sendo cada vez mais frequentes no meio de uma crescente precarização dos serviços públicos do Estado. Cabe lembrar que esses pagamentos estão sendo feitos com o dinheiro obtido do empréstimo dos royalties do petróleo. O adiantamento de R$1 bilhão que foi autorizado pela ALERJ será descontado dos futuros Royalties do petróleo, seguramente com juros. Mesmo com esse empréstimo bilionário liberado pelo Tesouro Nacional por meio do Banco do Brasil, o governador Pezão já afirmou que não sabe como irá pagar os salários (atrasados) do mês de fevereiro.

O próprio governador Pezão já encaminhou à ALERJ um projeto de lei de ajustes fiscais (Projeto de lei de responsabilidade fiscal) que pretende gerar uma economia de R$13.5 bilhões ao ano. Os cortes estão divididos em 4 itens: Previdência, Fundos de despesas, despesas de pessoal e institucional. Em total o Estado terá R$61,5 bilhões para garantir o funcionamento dos serviços públicos. Mas os cortes afetarão diversas áreas como assistência social com 30% de ajuste, em educação a redução será de 9,3%, e na saúde onde a crise expressa-se de forma mais aguda (para mais informação acessar aqui) os cortes serão de 7,3%.

Em resumo, mais precarização para os serviços públicos e para os trabalhadores do Estado. No entanto as empresas privadas continuarão com seus altos lucros, com o governador pagando as dividas de empresas como a Light e perdoando impostos desses empresários. Ao mesmo tempo que não falta dinheiro para as Olimpíadas nem para as grandes obras do porto maravilha.

Uma resposta à crise econômica que não pese na classe trabalhadora não passa pelos cortes que Pezão tem feito, mas sim pondo fim ao subsídios e financiamento das farras das grandes empresas, não pagando a divida do Estado que já soma vários bilhões, e fazendo com que todo político, juiz e deputado ganhem o salário de uma professora. Com esses recursos disponíveis para o Estado, seria possível garantir educação, saúde e serviços de qualidade para toda a população.




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