Nome apoiado pelo Centrão e STF, Ludhmila Hajjar confirmou ter recusado convite de Bolsonaro para ocupar o Ministério.
segunda-feira 15 de março de 2021 | Edição do dia
Imagem: Agência Brasil/ Marcello Casal JR
Diante do pior momento da pandemia e bastante pressionado pela alta de mortes e pelo colapso do sistema público de saúde, Bolsonaro busca um nome para substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.
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O Centrão se mobiliza para emplacar um nome próprio para a Pasta. Entretanto, o nome indicado, a cardiologista Ludhmila Hajjar rejeitou o convite de Bolsonaro para ocupar o Ministério. Ela seria a quarta pessoa a ocupar a Pasta desde o início da pandemia. A médica alegou motivações "técnicas" e disse que tem "divergências" com Bolsonaro em temas como uso de medicamentos do "kit covid", como a cloroquina, e adoção de medidas mais restritivas.
Segundo ela, em entrevista para a CNN, o país hoje "paga o preço, correndo atrás de uma maneira tardia, com muita gente morrendo. Faltou um discurso único de alinhamento. Faltaram de fato medidas eficientes e agora precisa mudar", afirmou a médica, que era um nome apoiado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU).
As conversas sobre a substituição de Pazuello ganharam força no fim de semana. Ainda são cotados para o cargo nomes como o do deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), aliado de Lira, e o médico Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
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Com informações da Agência Estado