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CORONAVÍRUS NO RS | Média de mortes por covid sobe 10% em uma semana no RS com a política irresponsável de Leite

terça-feira 25 de agosto de 2020 | Edição do dia

Nesta última segunda-feira (24), a média de mortes diárias em decorrência do covid-19 no Rio Grande do Sul sobem pelo quinto dia consecutivo. O avanço deste número é consequência direta da política tocada por Eduardo Leite, no qual privilegia os capitalistas ao reabrir a economia de maneira irresponsável, sentenciando as massas a morte.

Já é o quinto dia consecutivo no qual a média de mortes por COVID-19 sobem. No intervalo entre 18 de agosto e a última segunda-feira (24), foram registrados 51,86 óbitos a cada 24 horas, resultando em um aumento de 9,76% em comparação a semana dos dias 11 a 17 de Agosto, onde o número registrado era de 46,76 óbitos a cada 24 horas.

Até o dia 19 de Agosto, os dados levantados pela Secretaria de Saúde do Estado apresentavam uma queda nas médias diárias de mortes. Porém, nesta segunda-feira, foram registradas 40 mortes, influenciando diretamente na média registrada.

Ao mesmo tempo, os dados de infecções pelo vírus apresentaram uma queda. A pasta informou 89 infecções, número abaixo do que geralmente é registrado. Na semana anterior, a secretária apresentou dados que também estavam abaixo dos registrados porém, justificou a queda como uma falha no sistema de notificação do país. No caso desta semana, nada foi informado sobre a diminuição dos casos.

A subnotificação causada pela falta de testes massivos falseia a nossa percepção sobre as reais magnitudes da pandemia, que já é de escalas catastróficas com o número de 3.622.861 de casos de infecção chegando a 115.309 mortes no país. No Rio Grande do Sul, os números são de 109.953 casos de infecção, com 3.102 mortos, contando com os dados recém informados.

Essas mortes são de responsabilidade do governo de Eduardo Leite e dos prefeitos dos diversos municípios do RS que, com o sistema de bandeiras totalmente demagógico, priorizam os lucros dos capitalistas em detrimento da saúde da população em geral. O sistema de bandeira - no qual determinadas regiões do Estado são separadas por grau de gravidade, sendo medidos pelo número de infecções e número de leitos disponíveis, e que medem a possibilidade de abertura do comércio - pode ser simplesmente negociado pelas prefeituras conforme os interesses econômicos dos empresários das regiões, colocando em risco grandes massas de trabalhadores que são obrigados a retornar a seus postos de trabalho para sobreviverem.

Na semana passada, 16 regiões do Estado estavam com a bandeira vermelha (Alto risco), tendo duas regiões, Caxias do Sul e Erechim, retornado a bandeira Laranja (Médio Risco) através de recursos deferidos pelo governo do Estado. Ainda, na semana anterior, foi protocolado uma maior flexibilização deste decreto, sendo aberta a possibilidade de que os municípios e regiões que não concordem com a bandeira indicada elaborarem seus próprios protocolos de segurança com medidas menos restritivas.

Eduardo Leite não apresenta nenhuma saída para os trabalhadores. Com a flexibilização acaba a condená-los a se colocarem em risco de infecção para ter o que comer. É necessário que os próprio trabalhadores apresentem uma saída a esta crise. Não podemos aceitar a demagogia dos governantes, devemos requerer o fechamento de todos os serviços não essenciais, com o pagamento de um salário base de 2.000 reais para todos os trabalhadores poderem realizar a sua quarentena em segurança não possibilitando demissões. Devemos também exigir a contratação de desempregados aos setores essenciais, para combater o número crescente no Estado.

É preciso que as indústrias se convertam à fabricação de EPIs e respiradores para o combate à pandemia e para a segurança dos trabalhadores da saúde, que são linha de frente no combate ao vírus. Tudo isso é possível através de uma saída dada pelos trabalhadores com independência de classe. Por isso é necessário que os trabalhadores se organizem desde seus locais de trabalho, através de assembleias e comitês para se mobilizarem e lutar contra os ataques, demissões e por um programa emergencial que combata essa crise sanitária. Através de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana os trabalhadores e os revolucionários podem levar a frente e pautar essas medidas para que sejam os capitalistas que paguem pela crise e não nossa classe.

Veja aqui o Manifesto de propostas do MRT diante da crise no Brasil e no mundo




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