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McDonald’s choca mulheres nas redes com “homenagem” superexploratória.

quinta-feira 8 de março de 2018 | Edição do dia

No dia internacional da mulher, onde estão ocorrendo manifestações pelos direitos das mulheres e contra o machismo em 150 países, a empresa Mc Donald’s surpreendeu a todos com uma propaganda inesperada de homenagem as mulheres, que chocou o público nas redes sociais.

Isso porque a dita homenagem anunciada que “juntas podemos mais” e falava da “força feminina”, descrevendo que na loja em questão como parte das homenagens no 8 de março apenas mulheres estariam trabalhando no estabelecimento.
Sabendo que os regimes de trabalho e horas extras, no contexto da reforma trabalhista, fazem com que muitas vezes as trabalhadoras tem que enfrentar jornadas de 12h, e sabendo ainda que as redes fast food são conhecidas por estudiosos do trabalho como um dos estabelecimentos com piores salários, chamou muita atenção a imagem porque na realidade ao invés de dar uma folga maior para as trabalhadoras nesse dia, decidiram aumentar a jornada de trabalho.

Nas redes sociais os comentários eram portanto de que o McDonald’s inaugurou uma nova modalidade de homenagens: a exploração 100% feminina do trabalho.
Também no mundo, a partir de outra iniciativa internacional que empresa teve de inverter o M de seu nome, tornando um W de Woman (mulher), foi seguida por uma série de denúncias nas redes com mulheres fazendo vídeos denunciando as condições de trabalho e salário e dizendo que “se querem nos homenagear, que aumentem os salários”.

Tais iniciativas se inserem num contexto em que muitos grupos feministas e mulheres trabalhadoras não tem mais aceitado que empresas utilizem suas lutas como forma de se localizar, criar uma suposta “boa imagem” e melhorar as condições para seguir a forte exploração do trabalho, incluindo de boa parte de mulheres, em nome de seus exorbitantes lucros.

Os monopólios capitalistas nunca vão proporcionar outra "homenagem" à grande maioria das mulheres que não seja piores salários, extensas jornadas, a desemprego.

Leia também: Exigimos um plano de luta pelos direitos das mulheres e para combater a continuidade do golpe




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