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OCUPA ESCOLA | Marco Feliciano pede abertura de CPI contra a UNE e o movimento de ocupações

Marco Feliciano (PSC) e sua corja na Câmara de Deputados protocolou um abaixo-assinado pedindo a abertura de uma CPI para a investigação da UNE e do movimento de ocupações que correm pelo país inteiro. Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, diz que, se os critérios básicos forem atendidos, a CPI será autorizada.

quinta-feira 27 de outubro de 2016 | Edição do dia

O objetivo do pedido, segundo o deputado Feliciano, é investigar possíveis desvios de verbas praticados pela direção da entidade, a União da Juventude Socialista (UJS), e o movimento de ocupações de escolas que estão cada vez mais crescentes pelo país.

“Que fique bem claro que isso não é revanchismo, não é perseguição política, não queremos destruir a UNE. A UNE não pode ser partidária, e é isso que acontece hoje. A UNE tem sido usada como uma braço de esquerda, do ex governo, como um puxadinho do PT”, disse o deputado.

Definitivamente, a UNE e a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) não têm cumprido o papel que pode cumprir nas lutas de juventude que ocorrem no país. No fim de 2015 essas entidades chegaram a ser expulsas de ocupações de escolas no estado de São Paulo, e o rechaço ao antigo governismo, do PT, é muito evidente na juventude brasileira.

Dirigida pela juventude do PCdoB, a UNE e a UBES têm servido, na verdade, não para organizar as lutas e combater os ataques à educação em seus distintos âmbitos, mas para atravancar a mobilização e negociar as saídas sem a consulta da base dos estudantes com o governo, seja ele qual for. Assim como não travou uma luta consequente contra o golpe institucional.

Hoje, diante de um governo golpista como o de Temer (PMDB), vemos os ataques chegarem e serem implementados arbitrariamente, como a aplicação da Reforma do Ensino Médio, que retira a obrigatoriedade do ensino de Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física das grades curriculares, por Medida Provisória, sem chance alguma da juventude impedir um processo de votação na Câmara e no Congresso, e a PEC 241, que congela o teto dos gastos com educação e saúde até 2036.

Por isso, as ocupações de escolas, com destaque para o Paraná, são legítimas formas de arrancar os direitos por educação pública, gratuita e de qualidade, como os estudantes paulistas lutaram contra o fechamento de escolas no ano passado.

Uma CPI aberta para investigar o movimento estudantil crescente e especialmente as ocupações de escolas é mais uma forma de repressão das lutas no Brasil, que vem desde a Lei Antiterrorismo para criminalizar movimentos sociais, até as polícias exemplos de repressão de Alckmin (PSDB-SP) e Beto Richa (PSDB-PR).

Devemos lutar contra qualquer forma de repressão às lutas da juventude brasileiras e para construir entidades que mobilizem, de fato, os estudantes para lutar contra os ataques de Temer!




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