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DIREITO AO ABORTO | Marcello Pablito: "Grande luta das mulheres argentinas conquistou o direito ao aborto!"

Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP, militante do grupo de negros Quilombo Vermelho e dirigente do MRT, saúda o tsunami verde que as mulheres argentinas fizeram para arrancar dos conservadores o direito ao aborto na Câmara de Deputados.

quinta-feira 14 de junho de 2018 | Edição do dia

O verdadeiro "tsunami" que lotou as ruas de diversas cidades da Argentina, símbolo da luta histórica das mulheres pelo direito de decidir sobre o próprio corpo, obrigou a Câmara a aprovar a lei pela legalização do aborto. A lei agora vai para o Senado. A enorme força nas ruas das jovens e mulheres trabalhadoras, as que mais sofrem com a brutalidade das mortes por abortos clandestinos, junto a seus companheiros homens, foi fundamental para arrancar essa primeira sanção a um direito elementar que é negado pelas oligarquias argentinas, pela cúpula obscurantista da Igreja Católica, e os partidos burgueses (não só de Macri, mas do peronismo também). Os abortos clandestinos acontecem quer estes setores reacionários queiram ou não, e afetam especialmente as mulheres trabalhadoras e pobres, que não tem condições de pagar por abortos caríssimos. Não à toa, os "defensores da vida" que negam às mulheres esse direito elementar dizem que "se alguém deve morrer, que seja a mãe". Uma brutalidade contra a vida de milhares de mulheres pobres que morrem anualmente por abortos clandestinos. Mas as ruas argentinas deram seu veredito, numa onda de mobilização esmagadora que transcende fronteiras. A luta pelo aborto legal, seguro e gratuito é a luta pela vida das mulheres. Tenho orgulho do papel que tiveram minhas companheiras e meus companheiros do PTS como parte da FIT, que encheram as ruas com uma poderosa força material, com as agrupaçoes classistas em que mulheres e homens jovens e trabalhadores batalharam juntos por esse direito, junto a Myriam Bregman e Nicolás del Caño, que no parlamento expressam expressam uma voz de independência de classe na luta pelo direito ao aborto contra o capitalismo. É um enorme exemplo do que temos de fazer no Brasil para conquistar na luta o direito ao aborto legal, seguro e gratuito, negado tanto pela direita golpista quanto pelos acordos do PT com o obscurantismo da Igreja Católica, inclusive nos governo de Dilma Rousseff.

Batalhemos no Brasil pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito! Façamos como as argentinas!




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