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PROTESTO CONTRA A VALE | Manifestantes em SP protestam contra crime cometido pela Vale em Brumadinho

Foi realizado um ato em São Paulo na tarde desta segunda (28), na frente da antiga sede da Vale, contra o crime ambiental e humano que ocorreu na última sexta (25) com o rompimento da barragem na cidade de Brumadinho em Minas Gerais, tragédia que resultou na morte de mais de 60 pessoas, em sua maioria trabalhadores da empresa. RJ também foi palco de protestos.

terça-feira 29 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Foi realizado um ato em São Paulo na tarde desta segunda (28), na frente da antiga sede da Vale, contra o crime ambiental e humano que ocorreu na última sexta (25) com o rompimento da barragem na cidade de Brumadinho em Minas Gerais, tragédia que resultou na morte de mais de 60 pessoas, em sua maioria trabalhadores da empresa.

Os manifestantes presentes no ato também convocaram a participar da marcha da APIB (Associação dos Povos Indígenas do Brasil), já que o trágico crime ambiental afetou diretamente a vida de populações ribeirinhas e quilombolas, que dependem do uso de água e de solo fértil para plantio, deixando centenas de desabrigados em condições de miséria.

Durante o protesto, o Esquerda Diário entrevistou Denise, assessora do vereador Juan Marcelo do PSOL.

“É inadmissível que uma empresa que já foi estatal e foi privatizada a preço de banana, e que teve lucros recordes após sua venda, tenha sido sucateada para pode ser privatizada. Atualmente existem 450 barragens desse tipo, e mais de 100 delas correm o risco de passar pela mesma informação, a população não foi informada, não houve sirene, não teve toque de atenção, e são até o momento mais 300 desaparecido. E agora a Vale está dizendo que não é responsável pelo rompimento.”

Denise também disse na entrevista que “há alternativas para não ter mais barragem de rejeitos, como na UFMG onde já estão se oferecendo para fazer tijolos de rejeitos. A privatização gera altos lucros para os empresários, mas faz a socialização dos prejuízos, com isso eles lucram em cima da morte das pessoas. Queremos uma providência e a reestatização da Vale.”

Agora, todos os recursos devem ser voltados para a busca dos trabalhadores e moradores desaparecidos para que sejam resgatados com vida. Neste diário, denunciamos a displicência do governo e da empresa que até agora não utilizou o recurso simples de rastreio de sinal de telefone para localizar vítimas a tempo de estarem vivas. Esses e outros recursos de resgate, cuidado e recuperação da região, que ainda está por se ver a magnitude drástica dos efeitos da circulações dos reijeitos, devem vir do confisco dos bens da Vale, não dessa multa ou bloqueio temporário que o governo aplicou que serve apenas como uma manobra midiática para parecer que a Vale está sendo punida, quando na verdade dentre a diretoria e maiores acionistas, estão importante aliados e financiadores do governo e de muitos políticos do Congresso e do Senado.

A necessidade de re-estatizacao da Vale é urgente. Sem nenhuma indenização, sob administração das trabalhadoras e trabalhadores e controle popular, única forma eficaz para prevenir novas tragédias e para enterrar a sede de lucro dos capitalistas e acionistas privados.




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