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CASO ROBINHO | Mais uma vez, em conversa interceptada, Robinho mostra seu desprezo pela vítima de estupro

Robinho e seu amigo continuam destilando seu ódio machista e rindo da vítima de estupro enquanto são condenados por nove anos de prisão pelo Tribunal de Apelação de Milão.

sexta-feira 11 de dezembro de 2020 | Edição do dia

(Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Robinho e seus amigos foram responsáveis pelo estupro coletivo de uma mulher de 23 anos, em 2013, numa boate italiana. O caso veio a tona em 2017, com a publicação de trechos de conversas interceptadas, nas quais Robinho e os amigos fazem pouco caso da vítima. "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu", escreveu ele nos textos.

Mais uma vez Robinho destila seu ódio machista em ligações que foram gravadas, em Novembro, com autorização judicial e publicadas pelo g1, onde ele fala "Se os caras mandarem eu ir lá depor vai ser foda, vou falar o que pra minha nega? [...] Vou lá depor pra quê? Oito cara rangaram a mina [...]. Ó que fase que eu tô". Além disso, também há outros trechos da conversa que são profundamente misóginos e revoltantes, onde claramente tratam a vítima como um mero objeto de satisfação sexual.

Nas conversas interceptadas, Robinho e seus amigos discutem sobre o ato, usando termos misóginos como "trabalhar" a mulher. Além disso, temem que ela possa ter engravidado ou que esta história chegue na mídia, pois mancharia sua imagem. Ele ainda aconselha um de seus amigos que não fique na Itália para que não seja preso.

Essa transcrição demonstra o medo de a sentença final vir a público e Robinho e seus amigos perderem a possibilidade de patrocínio e de continuarem com suas carreiras. Robinho jogou no Milan de 2010 a 2015 e, em outubro de 2020, ele foi contratado pelo Santos Futebol Clube, o que demonstra total desprezo pela vítima do jogador e pelo processo em andamento e o crime hediondo cometido. Somente depois das conversas interceptadas em Outubro entre Robinho e seu amigo é que o Santos suspendeu o contrato do jogador até Fevereiro, pois ele tinha perdido muitos patrocinadores, demonstrando mais uma vez o clube não se importar com o caso, e sim, com a imagem diante do empresariado.

É extremamente indignante a forma como a vítima é tratada pelos agressores. Muitas mulheres passam por violências semelhantes todos os dias, e é essencial a mobilização para exigir justiça para esses casos, pois a justiça prova todos os dias que não está ao lado das mulheres, como foi perceptível no caso de Mari Ferrer, em que sua denúncia de estupro foi desconsiderada por uma invenção jurídica para inocentar o estuprador.




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