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CRISE PENITENCIÁRIA | Mais um início de rebelião em presídio superlotado no RN

O presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte localizado na região metropolitana de Natal, foi palco de um massacre no último sábado (14), acarretando a morte de 26 presos. Agora, na manhã de segunda-feira, mais uma vez os detentos realizam um início de rebelião, subindo nos telhados do presídio.

segunda-feira 16 de janeiro de 2017 | Edição do dia

A penitenciária de Alcaçuz abriga mais de 1.000 detentos, sendo que sua capacidade se limita a apenas 620 detentos. Essa superlotação é acompanhada com péssimas condições de vida nos presídios, realidade acompanhada por todo o estado do Rio Grande do Norte, onde cerca de 8.000 detentos estão encarcerados em 32 presídios que, juntos, possuem capacidade para apenas 4.400 pessoas. Dados da Secretaria de Justiça.

Agora na manhã de segunda-feira (16), os detentos começam o início de uma nova rebelião. Subiram em cima dos telhados do presídio e segundo o vice-diretor de Alcaçuz, "o presídio está virado".

Por enquanto nenhuma morte foi notificada.

Enquanto a grande mídia e o governo seguem se isentando de qualquer responsabilidade diante dos ocorridos, a crise penitenciária vem se aprofundando e se estendendo pelo país.

Mesmo com a realidade dos presídios superlotados, uma "guerra às drogas" que segue sendo um subterfúgio para reprimir a população negra e pobre das periferias, as relações frequentemente denunciadas entre o crime organizado, a polícia e o próprio Estado, um sistemático desrespeito aos direitos humanos de amplas parcelas da população, o governo e a grande mídia seguem com um discurso de que o problema está para além do governo e suas instituições.

Para além desse novo princípio de rebelião em Alcaçuz, uma outra rebelião ocorreu em um presídio na capital potiguar durante a madrugada dessa segunda-feira. Não houve nenhum morto ou ferido.




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