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PRIVATIZAÇÕES DE TEMER | Mais privatizações: Temer aumenta lista para Bolsonaro vender mais patrimônio nacional

A equipe responsável pela Secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) selecionou uma série de novos projetos de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias que vão compor a lista de empreendimentos que serão concedidos à iniciativa privada na gestão de Jair Bolsonaro (PSL), ou seja, ainda mais privatizações. Os projetos são endossados pelo futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

quinta-feira 29 de novembro de 2018 | Edição do dia

A carteira do PPI para Bolsonaro já contemplava uma série de leilões com datas marcadas. Nesta sexta-feira, 30, serão publicados os editais das concessões da Ferrovia Norte-Sul, de 12 aeroportos e de 4 terminais portuários. A expectativa do golpista Temer é que o novo governo consiga concluir até 24 concessões nos primeiros cem dias.

Além desses leilões, o PPI deve incluir outros projetos no plano de concessões disponível para o novo governo, incluindo a oferta de um bloco de dez aeroportos do Sul, entre os quais os terminais paranaenses de Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. O plano é oferecer o bloco de uma só vez, como ocorrerá no primeiro trimestre do ano que vem com os 12 terminais das Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

No setor portuário, o plano é incluir 17 novos terminais para concessão. Na área de rodovias, uma das novas prioridades será a concessão do eixo que liga as Rodovias BR-381 e BR-262, saindo de Belo Horizonte e avançando até a divisa com Espírito Santo, trecho de 485 quilômetros de extensão. Na área de ferrovias, as atenções se voltarão para as concessões da Ferrogrão e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, ambas voltadas para o escoamento agrícola de Mato Grosso.

O desenho atual feito pela equipe de transição de Bolsonaro coloca a Secretaria do PPI debaixo do Secretaria de Governo, que será comandada pelo general de divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz. A secretaria deve seguir nas mãos do secretário especial Adalberto Santos de Vasconcelos, que tem trabalhado diretamente com Freitas na elaboração e execução do programa. Com a chegada de Freitas na Infraestrutura, a expectativa do mercado é que as concessões de ferrovias, uma de suas prioridades, vão ganhar força. O novo ministro é um defensor ferrenho do projeto da Ferrogrão.

Bolsonaro já declarou logo após eleito que pretende, só no primeiro ano, privatizar ou até diretamente extinguir ao menos 50 estatais, um enorme ataque ao patrimônio nacional e à classe trabalhadora. Seu plano e de seu guru Paulo Guedes é inclusive a criação de uma secretaria voltada apenas para as privatizações, o que contraria a proposta de “enxugar” os ministérios. Na prática, o que a dupla reacionária e privatista quer é apenas ministérios que defendam os interesses dos empresário, com prioridade aos imperialistas, e acabar com qualquer possibilidade de defesa dos direitos dos trabalhadores. Essa lista agora de Temer apenas aponta como Bolsonaro é a continuidade mais dura e repressiva do governo Temer, que termina seu mandato com recorde de reprovação.

Quanto mais privatização, mais tercerização, precarização do trabalho, baixos salários, demissão e rotatividade. Também ainda mais subordinação ao capital imperialista, buscando deixar o país ainda mais sob o domínio principalmente do reacionário presidente dos EUA Donald Trump. Temer e Bolsonaro querem rifar os direitos dos trabalhadores em prol do lucro dos capitalistas e grandes empresas, para que sejamos nós que paguemos pela crise.

Somente com a força da mobilização dos trabalhadores é que esses planos privatistas e de ataques, assim como Bolsonaro e a extrema-direita, serão derrotados. Para barrar as privatizações e a entrega total do patrimônio nacional, é urgente que a CUT e a CTB rompam a paralisia derrotista e chamem em cada local de trabalho um plano de mobilização que organize uma enorme greve geral contra os ataques de Bolsonaro, Paulo Guedes e toda a sua equipe, lutando contra as privatizações e as reformas, para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Com informações da Agência Estado.




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