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CORONAVÍRUS | Mais de 460 mil mortes por Covid no Brasil são culpa de Bolsonaro, Mourão e dos governadores

468 mil mortes por Covid, junto com o grande aumento do desemprego e da fome. Isso tudo é fruto do absurdo negacionismo bolsonarista, mas também de Mourão e dos governadores que desde o início não garantiram nem as medidas básicas de prevenção como testes massivos.

quinta-feira 3 de junho de 2021 | Edição do dia

Desde antes das eleições, Bolsonaro já mostrava que seu principal objetivo sempre foi salvar o lucro dos empresários enquanto descarrega a crise nos trabalhadores e povo pobre. Isso se expressa com sua defesa da reforma da previdência, MP da morte e tantos outros ataques. Na pandemia, isso se potencializou: Bolsonaro e sua corja mostraram seu lado mais asqueroso com seu negacionismo e as diversas declarações dizendo que era apenas uma “gripezinha”.

Em meio a isso, alguns setores do regime do golpe institucional, como o STF e os governadores, tentaram se colocar como oposição ao governo federal. No entanto suas palavras não passam de mentiras: o que tanto o governo Bolsonaro, como os governadores, o Congresso e o STF fizeram, foi garantir a proteção da economia e do interesse dos empresários. Doria e muitos outros aplaudiram as medidas provisórias que atacam os direitos trabalhistas e salários e os cortes no investimento da área da saúde e educação em meio à pandemia a fim de manter o religioso pagamento da dívida pública que só enriquece o bolso dos banqueiros.

Os governadores em momento algum apresentaram um plano de combate sério à pandemia. Isso fica nítido com os ainda absurdos números de mortes diárias sem nunca termos tido acesso a uma política de testes massivos para implementar quarentenas racionais e isolamento para os contaminados e doentes, com rastreio do vírus. Assim como não implementaram um auxílio emergencial, que deveria ser no valor de pelo menos um salário mínimo, em meio à alta dos preços dos alimentos básicos para sobrevivência.

No nordeste, estados governados pelo PT, PCdoB e PSB, que tentam colocar como oposição consequente ao bolsonarismo, mostram que também não garantiram o básico à população. PB, RN, BA, MA, PI e PE tiveram recentemente picos de mortes maiores do que no ano passado. Durante esse pico os transportes públicos continuaram lotados e em momento algum foram garantidos EPIs ou a liberação do grupo de risco em diversas categorias. Sua política foi aumentar a repressão e o policiamento, o que só pode se voltar contra o povo negro e as camadas mais precárias da classe trabalhadora.

Diante desse cenário, precisamos urgentemente de um programa independente e dos trabalhadores de combate à crise sanitária. Os sindicatos deveriam organizar uma ampla campanha pela quebra de patentes das grandes indústrias farmacêuticas, que só pensam em lucrar com a catástrofe, para que os próprios trabalhadores da saúde junto a especialistas disponham das pesquisas e resultados, concedendo acesso público a esses dados, com independência dos governos que, juntos com às grandes empresas, já demonstraram que a produção de vacinas está subordinada aos seus lucros, mesmo que isso signifique a morte de milhões.

Os atos do dia 29 de maio mostraram um descontentamento de setores da juventude e dos trabalhadores com o governo, uma inflexão na conjuntura que mudou como estava sendo desde o início da pandemia. No entanto, os sindicatos dirigidos pelo PT e PCdoB e a UNE têm apenas um objetivo com os atos: que sejam palanque para Lula em 2022, que já declarou que está disposto a perdoar os golpistas que descarregam a crise nas nossas costas, aprovando cortes e ataques. A saída para a crise é a organização dos trabalhadores unificados com a juventude a partir de cada local de trabalho e estudos, por assembleias de base.

Novas manifestações foram chamadas para o dia 19J, mas é preciso debater profundamente para que elas não sejam inofensivas como querem as direções burocráticas. Fazemos um chamado aos partidos de esquerda como o PSOL e PSTU a exigirem que os sindicatos ao invés de impulsionar palanques, impulsionem um plano de lutas, com assembleias de base nos locais de estudo e trabalho. A CSP Conlutas e a Intersindical podem dar o exemplo e desde as categorias que dirigem e organizar assembleias que votem um dia de paralisação nacional e um chamado à que a CUT e a CTB encampem essa política.




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