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CRISE | Mais de 1/4 da juventude está desempregada hoje

terça-feira 22 de novembro de 2016 | Edição do dia

O setor mais atingido pelo desemprego são os jovens entre a faixa etária de 18 a 24 anos de idade, número maior do que o resto da população. De acordo com a Pnad trimestral do IBGE, a taxa de média de desemprego no Brasil foi de 11,9% no terceiro trimestre de 2016, porém para os jovens nessa faixa etária, chegou ao nível recorde 25,7%.

A última vez que o percentual desse grupo chegou perto disso foi em abril de 2004 (25,1%), quando o IBGE ainda produzia a Pesquisa Mensal de Emprego. O levantamento, que teve início em março de 2002, foi apresentado em fevereiro deste ano e coletava informações das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Já a Pnad trimestral do IBGE reúne dados de cerca de 3500 municípios do país
A pesquisa mostra ainda que os jovens foram os mais castigados com a crise econômica. De 2012 pra cá, o nível de ocupação nessa faixa etária foi o que mais caiu. Naquele ano, quando teve início o Pnad trimestral, o percentual de brasileiros de 18 a 24 anos ocupados era de 57,9%. Agora, é de 50,5%. No grupo de 25 a 39 anos, a queda foi menos intensa: de 74,2% para 72,8%.
Ao contrário do que dizem alguns setores de direita, é visível que a crise econômica está se aprofundando com o governo golpista de Michel Temer. A grande prova da pioria da situação econômica nacional é que o PIB do Brasil está caindo, sendo que em agosto de ano sua queda foi de 0,91%, assim com teve o aumento da taxa de desemprego, sendo que em outubro deste ano ela chegou a níveis supreendentes de 11,8%.

Os principais responsáveis deste caos social são os patrões, que mesmo lucrando em tempos de ’’vacas gordas’’, demitem no primeiro sinal de crise econômica para buscar meios de aumentar a sua taxa de lucro. Sabemos que ao mesmo tempo que os grandes empresários e banqueiros demitem, o congresso vota projetos para aprofundar a terceirização, como projeto do deputado federal Laercio de Oliveira do Solidariedade que visa universalizar este tipo de trabalho precário.

O segundo responsável deste cenário caotíco é o governo golpista de Temer, mas também o ex-governo de Dilma. Se durante todo o seu mandato de Dilma, a ex-presidente não criou nenhum lei que proibisse as demissões, muito pelo contrário, permitiu que os grandes empresários e banqueiros demitissem, com o Michel Temer, os ricos vão ter o caminho aberto para aumentar o número de demissões no país.

Enquanto os jovens sofrem com o desemprego, o número de bilionários no país aumentam, mas também o Brasil é o país que possui o Judiciário mais caro do mundo, que tem mais de 10 mil juízes que ganham acima do teto. É preciso fazer com que os grandes empresários, banqueiros e funcionário de alto escalão paguem pela crise econômica que eles mesmos geriram.

Curiosamente, a mesma juventude que saiu nas ruas para lutar contra o golpe institucional e posteriormente contra o governo de Temer é parte da mesma juventude que sofre com o número altíssimo de desemprego. Ao mesmo tempo que existe disposição de luta da juventude contra o governo, estamos vendo a CUT e CTB não tendo nenhuma política para ligar este setor com o restante da classe trabalhadora. Isso porque estas centrais sindicais fizeram um pacto de trégua com o governo golpista de Michel Temer.

É preciso que estas centrais sindicais rompam com a sua postura e organiza uma greve geral para barrar as demissões e os ataques do governo. Somente com uma resposta independente dos trabalhadores perante a crise que o país está passando, que vamos garantir um futuro digno para a juventude.




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