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DESEMPREGO | Mais da metade da população não tem trabalho, segundo IBGE, Bolsonaro é o arquiteto da catástrofe social

Mais da metade da população não tem qualquer trabalho, a primeira vez que isso acontece na série histórica. É preciso lutar pela proibição das demissões!

quarta-feira 1º de julho de 2020 | Edição do dia

Pablo Jacob / Agência O Globo

A última Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios Contínua (PNAD), desta última terça feira, dia 30/06/2020, aponta que apenas 49,5% da população economicamente ativa, em idade para trabalhar, estavam trabalhando de alguma forma no fim do trimestre em maio. Mais da metade da população não tem qualquer trabalho, a primeira vez que isso acontece na série histórica.

Outros dados da pesquisa são os que revelam aumento na quantidade de quem estava procurando trabalho. Os desocupados eram, até fevereiro, 11,6% da população economicamente ativa, agora são 12,9%. O total de desempregados entre março e maio, o trimestre, atingiu 12,710 milhões, ante 12,343 milhões em entre dezembro e fevereiro. São ao todo mais 368 mil pessoas a mais, à procura de um emprego.

Já o total de pessoas que trabalham teve queda de 8,3% sobre o semestre anterior, encerrado em fevereiro, foram 7,8 milhões de pessoas que saíram da população ocupada. “Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais” - diz Adriana Beringuy, analista da pesquisa. O Ministério da Economia também informou que fechou 331.901 vagas formais de trabalho em maio, demonstrando pior resultado para o mês da série iniciada em 2010.

O resultado desta catástrofe social se deve a um governo totalmente sem rumo, navegando na escuridão. Começando por Jair Bolsonaro sempre negando o impacto da pandemia, tratando como “gripezinha”, o que hoje já matou 60 mil pessoas, entre essas um grande contingente de trabalhadores pobres, que não tiveram acesso de qualidade a um leito de hospital, que teve que suportar filas e horas para ser atendido. É este governo que oferece um auxílio mínimo de R$600,00 aos trabalhadores, que não cobre nem a metade das despesas de uma família, além da burocracia e congestionamento do sistema ineficaz, que deixou milhares de pessoas sem receber nenhuma parcela passando extremas necessidades que as fizeram continuar trabalhando, tomando ônibus lotados, expondo-se e contaminando seus familiares.

Enquanto isso MP936 diminui em 20% a multa do FGTS e não obriga pagamento de aviso prévio. Se um trabalhador que ganha 2 mil tem 10 mil reais para receber referente à multa do FGTS, por exemplo, com as novas leis poderá receber apenas metade do valor dessa multa mais o valor de seu salário, o que daria 7 mil reais. O empregador, assim, se desobriga a pagar os 3 mil reais aos quais o empregado teria direito. Ou seja, as medidas aprovadas não apenas não ajudam a preservar o emprego como também barateiam a demissão! É preciso lutar pela proibição das demissões!




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