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BLINDAGEM | Maia mantem engavetados pedidos de impeachment e oposição reage

São pelo menos 24 pedidos de Impeachment engavetados pelo presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Temer. Deputados da oposição ao governo protocolaram nesta quinta (29) uma ação solicitando o desengavetamento desses pedidos.

quinta-feira 29 de junho de 2017 | Edição do dia

A petição foi assinada por parlamentares da Rede e do PSB que rompeu com o governo depois da Delação da JBS.

Os parlamentares alegam que Maia tenha obstruído ilegalmente a tramitação desses pedidos justamente para proteger o governo e Solicitam que o STF delibere pela análise imediata desses pedidos.

Demagogicamente, os oposicionistas dizem que a inércia do Parlamento impede que o País supere a grave crise política, econômica e "moral".

Eles argumentam que nunca antes na história tivemos um Presidente da República no exercício do mandato denunciado por crime de corrupção e prestes a ser denunciado pela prática de diversos outros crimes. Dizem também que "a inércia da autoridade" abre espaço para a continuidade dos crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República e transmite a impressão de que haveria alguma blindagem no Poder Legislativo que impede a investigação e fiscalização dos atos do Poder Executivo.

Fazem demagogia, porque tanto o PSB quanto a REDE defendem que as reformas trabalhista e previdenciária são necessárias. Desse ponto de vista, o fato da governabilidade estar questionada é a única preocupação desses setores que antes formavam a base aliada desse governo.

Buscam também, com esse posicionamento, se isentar de qualquer contaminação vinda desse governo buscando lavar suas mãos golpistas.

Alguns partidos burgueses passam ainda passam pelo dilema de abandonar ou não o governo e quando fazê-lo.

Que as reformas precisam ser aprovadas é opinião de todos partidos burgueses. É opinião deles também que elas passem o mais rápido possível e que a demora nessas aprovações prejudica o Brasil.

A vacilação as Centrais Sindicais em mobilizar de fato os trabalhadores contra o governo e as reformas dá tempo para o governo Temer buscar desesperadamente a aprovação dessas reformas que é o que define sua permanência ou não no cargo e talvez defina, inclusive, sua absolvição ou condenação.

Diante desses fatores da realidade, os partidos burgueses têm um cálculo difícil para solucionar quanto a sua permanência ou não na base aliada. Se saem agora e Temer recompõe parte de sua desgastada legitimidade, conseguindo a aprovação das reformas, de certa forma ficam de fora da partilha dos espólios. Se decidem permanecer e o governo cai, aparecem como cúmplices desse governo corrupto.




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