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REFORMA POLÍTICA | Maia e Mendes defendem uma reforma política que proíbe a esquerda e salva corruptos

terça-feira 21 de março de 2017 | Edição do dia

Em novo evento sobre a reforma política Maia e Gilmar Mendes voltaram a defender uma reforma do sistema eleitoral que visa atacar a esquerda e ao mesmo tempo garanta cargos aos corruptos e à toda cúpula partidária. Entenda como.

A proposta defendida diariamente pelo presidente da Câmara e pelo presidente do TSE inclui: cláusula de barreira, voto em lista e distrital.

A cláusula de barreira cerceará os direitos de partidos que não alcançarem 5% dos votos nacionalmente. Essa é formula de Mendes, bem mais dura que os 2% iniciais e 3% posteriormente que foi aprovada no Senado. O objetivo é explícito: impedir que os trabalhadores tenham representação, um partido que não alcançar esses resultados em ao menos 14 estados não teria plenos direitos parlamentares e estaria excluído do fundo partidário e do tempo de televisão, perpetuando os grandes e delatados partidos.

O voto em lista proposto por Maia e Mendes forçará o eleitor a votar em uma legenda, e conforme a quantidade de votos obtido pela legenda entrarão determinado número de deputados, porém a ordem entre os deputados deste partido estaria determinada de antemão, sem influência do eleitor. Desse modo garante-se plenos poderes para as cúpulas partidárias.

Por fim, Rodrigo Maia se mostra "disposto" a abrir mão do voto em lista fechada por um outro sistema que fortalecerá ainda mais os caciques e proibirá os trabalhadores de representação: o voto distrital.

Segundo esse modelo o país seria dividido em 512 distritos e em cada um deles seria eleito somente um deputado. Um grande cacique local, via de regra. E os votos dos trabalhadores, de setores LGBT, de mulheres, todo voto de "esquerda" espalhado pelas cidades não resultaria em praticamente nenhum deputado.

As propostas de Maia e Mendes escancaram a cara antidemocrática que querem dar ao sistema eleitoral brasileiro, garantindo assim maior controle sobre as bancadas e ao mesmo tempo a garantia de que somente aqueles que querem atacar os direitos dos trabalhadores entrem no Congresso.




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