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MACRI E BOLSONARO | Macri visita à Bolsonaro dando seguimento aos planos de ataque aos trabalhadores

Macri, que vem fazendo um governo desastroso, e Bolsonaro, que vem patinando com sua "nova velha política", prometem muitos ataques aos direitos conquistados da classe trabalhadora latino-americana.

quarta-feira 16 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Imagem: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo

Nesta quarta (16) aconteceu a primeira visita do presidente argentino, Mauricio Macri, ao Brasil. Juntamente com alguns ministros recebidos por Bolsonaro e na pauta das reuniões estão o Mercosul e a situação da Venezuela.

O presidente Bolsonaro que inicia seu mandato mostrando a quem ele serve, governando através de decretos que favorecem os grandes capitalistas e ataca diretamente a vida dos trabalhadores, segue sua agenda de acordos com os países sulamericanos que concordam em se submeter às medidas imperialistas, mais especificamente dos EUA. Macri, que é filho de um empresário que está entre os mais ricos daquele país, já demonstrou em outras ocasiões que irá seguir a subserviência à Trump, como forma de obtenção de recursos através de acordos e alianças comerciais na tentativa de melhorar a economia do país. A Argentina que durante o governo de Macri mergulhou numa crise econômica de proporções gigantescas, jogando a população em um nível de carestia de vida jamais experimentado pelos argentinos, segue com a economia destroçada e recorre ao Brasil numa tentativa em vão de fortalecimento, pois as condições do mercado mundial não são favoráveis para tal ação. Vale lembrar que Macri foi o primeiro presidente que reconheceu o governo golpista de Temer e também o de Bolsonaro, depois das eleições mais manipuladas da história, marcadas pelo golpe institucional e a condenação sem provas de Lula, que tinha a maior intenção de voto do Brasil.

Imagem: The Guardian

Mauricio Macri fará a viagem ao Brasil acompanhado de uma comitiva de seis ministros e, segundo o Itamaraty, deverá discutir com Bolsonaro a crise política na Venezuela e o futuro do Mercosul (grupo atualmente formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). A visita oficial será em Brasília com reunião privada entre os presidentes e reuniões com os respectivos ministros, a proposta é de discutirem também temas ligados ao combate à corrupção, energia nuclear, comércio bilateral, combate ao crime organizado, indústria de defesa, monitoramento de fronteira e desenvolvimento de satélite. Nicolás Del Canõ, deputado na Argentina pelo PTS, o partido irmão do MRT, fez uma declaração acerca do encontro dos 2 reacionários:
"Um é um golpista defensor de torturadores, o outro, membro de uma família que enriqueceu graças a ditadura. Bolsonaro e Macri falando de "democracia" para justificar uma possível intervenção imperialista na Venezuela como ameaça Trump."

Os dois presidentes que assumem o posicionamento de apoio aos EUA e de rechaço ao governo de Maduro na Venezuela, que acaba de se reeleger, pretendem organizar o bloco do Mercosul para continuar o bloqueio à Venezuela e tornar a relação com a União Europeia mais “amigável” e “flexível” .

Os trabalhadores brasileiros e argentinos devem colocar em prática a única forma para derrotar essa escravização proposta pelos imperialistas, e endossada por seus governos, devem se apoiar em seus métodos através da força das mulheres, do povo pobre em sua maioria negros, da juventude, dos LGBT’s, formando grupos de auto-organização em seus locais de trabalho, ensino e convívio. Devemos impor que as centrais sindicais saiam da passividade e constituam um grande plano de lutas contra a reforma da previdência e que esqueçam a trégua com o governo Bolsonaro se apoiando na força desses setores para derrotar este e outros ataques que estão por vir.




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