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CONLUTAS | MRT na CSP-Conlutas: por uma campanha e ações contra as demissões na GM, na Mabe e no país

Nos dias 19, 20 e 21 se reuniu a coordenação nacional da CSP-Conlutas, e o MRT defendeu uma campanha com medidas concretas para fortalecer a ocupação da Mabe, reverter as demissões na GM, e assim apontar um caminho contra as demissões em todo o país

terça-feira 23 de fevereiro de 2016 | 02:36

O MRT veio defendendo nas últimas reuniões da coordenação nacional da CSP-Conlutas um chamado nacional a uma campanha contra as demissões na GM de São José dos Campos, anunciadas desde que foram adiadas com lay-off pela greve de agosto do ano passado. Dar um exemplo aí permitiria apontar um caminho para os trabalhadores sob influência da burocracia sindical, com chamados a uma frente única em torno do objetivo concreto de defender os empregos. Agora, a ocupação das fábricas de Campinas e Hortolândia da Mabe contra o fechamento da fábrica, deixando 2 mil famílias na ruas, pode ser uma referência, ainda mais se consegue manter todos os postos de trabalho.

Sem isso, a agitação de greve geral feita pela CSP-Conlutas é um discurso vazio. Sem isso, não há política para que a classe trabalhadora se constitua como sujeito político independente. E sem um sujeito proletário independente, o “Fora Todos e Fora Dilma” do PSTU, que dirige a CSP-Conlutas, vai encontrar como sujeito uma outra classe, representada pela direita com seu Impeachment.

Veja aqui a fala de Bruno Gilga no debate sobre a conjuntura nacional:

Veja também a proposta de resolução sobre a conjuntura nacional apresentada pelo MRT:

“Resolução sobre conjuntura – Movimento Revolucionário de Trabalhadores

Frente ao ajuste do governo Dilma e da oposição burguesa, à reforma da previdência, ao PLS555, à crise fiscal nos estados, gerando caos na saúde e ataques na educação, e aos ataques diretos aos trabalhadores, especialmente as demissões em massa, principalmente nas indústrias, e considerando o peso que a burocracia sindical segue tendo como contenção da resistência dos trabalhadores, a coordenação nacional da Conlutas decide levar adiante uma forte campanha contra o ajuste, e como parte dela uma campanha contra as demissões, com centro nas lutas concretas de resistência. Para isso, não basta atos regionais em abril e um ato unificado em maio, que passam por fora das lutas em curso. No momento, isso significa pôr em ação imediatamente uma campanha nacional contra as 517 demissões na GM de SJC, e de apoio à ocupação de fábrica das plantas de Campinas e Hortolândia da MABE, com ações para influir agora no conflito em curso, como um corte de rodovia na região na próxima semana, discutido com os trabalhadores em ocupação. A partir disso, fazer um chamado como exigência burocracia sindical, a uma campanha com ações em comum e paralisações contra as demissões, levada também à base da burocracia com panfletagens nos locais de trabalho.

Essas medidas são fundamentais para que a CSP-Conlutas possa aparecer como alternativa à burocracia e impulsionar uma política para que a classe trabalhadora se constitua como um sujeito político independente. Isso, por sua vez, é condição para que a agitação da greve geral deixe de ser letra morta, e a posição da Conlutas sobre a crise política e o governo do país deixe de ser a adaptação a um ou outro bando burguês.”

Maioria da CSP-Conlutas vota contra ação de solidariedade à MABE nesta semana

De acordo com Bruno Gilga: “Infelizmente não somente nossa proposta de resolução foi rejeitada, por todas as correntes que participaram da votação na coordenação, mas com ela as únicas propostas de medidas concretas para intervir agora nas lutas em curso que abrem oportunidades, como a Mabe, ou onde a CSP-Conlutas é direção, como na GM. Chegamos a buscar dirigentes do PSTU na Conlutas para chegar a acordos ao menos sobre medidas como as ações de apoio à Mabe, mas nem isso aceitaram. Ao invés disso, a combinação entre um ‘plano de lutas’ que se resume a um dia de atos regionais daqui a uma mês e meio e um ato unificado no primeiro de maio, e de outro lado um discurso vermelho sobre a greve geral e a derrubada do governo, mas que, separado da luta concreta dos trabalhadores, não pode levar a uma alternativa da nossa classe, e acaba se adaptando ao impeachment da direita. Nós seguiremos com a perspectiva de fortalecer a lutas operárias em curso agora, para contribuir para que a classe trabalhadora se constitua como um sujeito político independente diante da crise política no país.”




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