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FLÁVIO BOLSONARO ACUSADO | MP-RJ aponta envolvimento de Flávio Bolsonaro em lavagem de dinheiro de R$ 638 mil

O Ministério Público do Rio de Janeiro apontou indícios de que o senador Flávio Bolsonaro e sua esposa teriam pagado R$ 638,4 mil de forma ilegal numa compra de dois imóveis em Copacabana. O dinheiro viria da "rachadinha" no seu gabinete.

quinta-feira 19 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Nessa quarta-feira, 18, foi feita pela primeira vez, uma operação ostensiva para procurar provas sobre eventuais crimes de lavagem de dinheiro e peculato neste caso. Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Flávio, a seu ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e a familiares de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a investigação dos promotores do MP, o pagamento ilegal feito por Flávio Bolsonaro tinha como objetivo lavar o dinheiro obtido por meio da “rachadinha” que ele fazia com servidores enquanto era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

A “rachadinha” implica em coagir servidores para que eles devolvam aos parlamentares uma parte de seus salários.

Em 27 de novembro de 2012, Flávio e sua esposa compraram dois imóveis em Copacabana, com a escritura determinando o valor da operação em R$ 310 mil. Em 6 de novembro, um sinal no valor de R$ 100 mil foi pago em cheque. Posteriormente, dois cheques, totalizando R$ 210 mil, foram entregues no dia da assinatura da escritura.

No mesmo dia em que foi fechado o negócio, Glenn Dillard, que vendeu os imóveis ao casal, fez o depósito no mesmo dia dos cheques e de R$ 638,4 mil em dinheiro vivo. Ele não fez nenhuma outra venda imobiliária nesse semestre, não tendo, portanto, outra possível origem para o dinheiro senão o senador Flávio Bolsonaro.

Além disso, os promotores apontam que nem Flávio e nem sua esposa haviam vendido outro imóvel, sendo, portanto, apontado que a “rachadinha” seria a única fonte possível para os recursos. Flávio vendeu os imóveis um ano depois, com um lucro declarado de R$ 813 mil.

O uso de imóveis na lavagem de dinheiro ocorre com a diminuição do valor da compra e a venda por um valor acima daquele, utilizando a transação como justificativa para a renda.

Apenas mais de um ano depois das primeiras denúncias ocorre alguma investigação sobre Flávio. Isso está relacionado ao papel do Moro frente ao COAF, com o objetivo de blindá-lo (até agora o ministro não se pronunciou sobre as acusações do MP contra Flávio), e também ao papel que cumpriu o STF para protege-lo. Não se pode confiar nessas instituições, que possuem seus próprios interesses espúrios e privados, para conduzir até o final essas investigações e fazer com que a verdade venha à tona.




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