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Lula-Alckmin na busca dos órfãos da terceira via diante da recomposição de Bolsonaro

Danilo Paris

Lula-Alckmin na busca dos órfãos da terceira via diante da recomposição de Bolsonaro

Danilo Paris

Conforme o calendário se aproxima de outubro, novas movimentações começam a revelar uma configuração política mais delineada no país. A imensa crise da terceira via, a política de Bolsonaro e as articulações de Lula expressam não apenas a ação desses atores, mas uma correlação de forças nacional em constante modulação. Socialmente, o início de greves econômicas e o temor por revoltas sociais, motorizadas pela miséria que atinge grande parte da população, configuram um terreno repleto de contradições para o futuro do país. A continuidade da guerra na Ucrânia adiciona ingredientes de imprevisibilidade em todos esses fatores, por ser um fator de permanente tensão internacional, com importantes reflexos nacionais.

Créditos da imagem: @macacodosul

A terceira via à beira do naufrágio

No mesmo dia, duas figuras da chamada terceira via, expressaram suas enormes debilidades, e agora estão sendo questionados até mesmo como possíveis candidatos. Doria e Moro foram os protagonistas dessa crise, e a chamada terceira via, incluindo também o MDB, ainda segue prometendo um nome unificado, mas não consegue sequer consenso interno em suas próprias legendas.

Em primeiro lugar é preciso definir o que seria a terceira via. Esse nome, é uma denominação construída pela própria direita não bolsonarista, que buscou até poucos dias atrás emplacar seu representante político. Todos esses, tiveram ligações diretas ou indiretas com Bolsonaro, e no decorrer de seu mandato decidiram se declarar como opositores, cada um com motivações próprias.

Por tanto não são a mesma coisa, e menos ainda possuem o mesmo projeto. Ainda que se unifiquem em torno de um programa neoliberal, as disputas entre seus representantes é um reflexo de suas grandes diferenças. Revelam ainda uma crise mais profunda, de uma direita tradicional que perdeu espaço com a ascensão da extrema direita.

Moro é a representação da Lava-jato, que integrou diretamente o governo Bolsonaro. Doria aquele que prometia ser a nova cara do PSDB, que também surfou na onda bolsonarista em 2018, e depois buscou se apresentar como oposição ao governo. Leite, também do PSDB, apesar de novo, é o candidato que mais agrada os velhos caciques do PSDB. Ainda corre por fora Simone Tebet do MDB, que tem vantagem de ser uma alternativa neutra entre os campos em disputa, ainda que com pouca expressão eleitoral.

Doria tentou emplacar seu nome após vencer as prévias de Eduardo Leite. Buscou se apresentar como “pai da vacina” no Brasil, na esperança que os efeitos da pandemia pudessem ser uma redenção para sua impopularidade. Contudo suas expectativas não se realizaram, chegando a abril com apenas 2% de intenções de voto. A combinação de baixas expectativas de votos, com fortes conflitos anteriores que teve no PSDB (em especial com Alckmin, que acabou rompendo em foi para o PSB), resultou em uma posição frágil internamente no partido, a ponto de uma conspiração para alterar o resultado das prévias fosse feita publicamente. A ala do PSDB composta por Aécio, a maior parte do setor "histórico" tucano, e com o apoio de Bruno Araújo, presidente do partido, segue com os planos de emplacar Leite nas convenções partidárias, mesmo com o estardalhaço promovido por Doria.

Para não levar essa rasteira, Doria ameaçou explodir o palanque paulista, se mantendo no cargo, o que tiraria Rodrigo Garcia, que era seu vice, na disputa do Palácio dos Bandeirantes. A medida colocaria em risco o controle do PSDB sobre o Estado de São Paulo, histórico reduto tucano. Para evitar isso, Bruno Araujo inicialmente reconheceu que Doria seria o candidato, o que o fez retroceder dessa ameaça e anunciar seu afastamento do governo. No entanto, já no dia seguinte, o PSDB anunciou que Leite faria articulações políticas em diversos lugares do país e o próprio Leite declarou que manterá a disputa nas convenções para que o seu nome seja o indicado.

O PSDB que já vinha de uma imensa crise, se viu em mais um capítulo de uma disputa interna fratricida. A disputa é pelo controle do partido, e como resultante Doria sai mais debilitado, como aquele que sequer consegue garantir a manutenção do seu nome como presidenciável, mesmo referendado pelas prévias.

Para coroar o dia que talvez tenha sido o atestado de falência da terceira via, Moro abandonou o Podemos. O ex-ministro do Bolsonaro migrou para o União Brasil (UB), mesmo partido que está Arthur do Val e todo o MBL, dizendo que “por enquanto não seria candidato”. Contudo, ao contrário de ser um movimento de um “enxadrista”, como gostava de propagandear a grande mídia bajuladora de Moro, o movimento teve mais contornos de desespero do que de articulação política.

Ocorre que o UB tem duas alas, uma encabeçada por Luciano Bivar, ex-presidente do PSL, que se declara simpático à ideia de Moro ser presidenciável, e outra por ACM Neto, ex-presidente do DEM, que se manifestou energicamente contra a possibilidade do ex-juiz ser o candidato pelo partido. Essa última ala, ameaçou desfiliar Moro, caso mantenha as intenções presidenciáveis. Não interessa ao postulante ao governo da Bahia um nome como Moro, tanto por cálculos eleitorais, já que as intenções de votos de Lula no Nordeste são superiores à média nacional, mas também pelo enorme rechaço que ele tem entre a casta política que foi alvo da Lava-jato.

Ele, que era o melhor colocado da “terceira via” com 8% das intenções de voto na média das pesquisas, agora está em um partido que está dividido quanto ao seu nome, e ao que tudo indica, não conseguirá se impor internamente.

Além de outros efeitos, é uma tendência que Bolsonaro se beneficie mais dos votos herdados de Moro, uma vez que a faixa de renda, e a localização regional onde o ex-juiz tinha melhores índices, coincidem com o que as pesquisas apontam para o voto em Bolsonaro. No entanto, nada é mecânico na política e nas eleições, seria um erro considerar que todos os votos vão migrar em bloco. Pesquisas apontam que esse percentual seria por volta de um quarto dos votos que iriam para Moro. Mesmo com essa mudança, Lula se mantém como favorito para vencer as eleições.

A terceira via aumenta a adesão à chapa Lula-Alckmin

Alguns dos fiéis defensores da terceira via acusaram o golpe. Por mais que tentavam artificialmente inflar as possibilidades eleitorais de seus representantes, quanto mais as eleições se aproximam, menor ficam as esperanças do que sonhavam. Isso tem um efeito político, carregado com certa dose de pragmatismo burguês. Entre Bolsonaro e Lula, há uma clara opção pelo segundo, e isso tem os seus motivos.

De articulistas da imprensa, passando por representantes do mercado financeiro, e até políticos com importância no regime, várias sinalizações foram feitas no último período.

Miriam Leitão, importante articulista do Grupo Globo escreveu um artigo com o sugestivo título: Única via possível é a democracia. Nele o recado não poderia ser mais direto, diz a analista: “[...] não há dois extremistas na disputa, mas apenas um, Jair Bolsonaro. Nesta questão crucial da democracia brasileira [...] Lula se parece com outros presidentes civis, mas se distancia diametralmente de Bolsonaro.” Por essa declaração, a colunista foi atacada por Eduardo Bolsonaro, que de forma asquerosa relembrou o período em que foi torturada durante a ditadura. Cantanhede, da Globo e do reacionário Estado de São Paulo, jogou a toalha dizendo que o que ocorre na terceira via “seria uma palhaçada, não fosse uma tragédia”.

Entre os políticos, Rodrigo Maia deu uma entrevista declarando que se Lula e Bolsonaro forem para o segundo turno, votaria no petista. Maia foi o responsável pela aplicação da reforma da previdência quando presidia o Congresso, e agora é um dos principais articuladores da campanha de Doria. Inclusive assumiu que recomendou ao seu candidato que não ataque Lula, e centre sua munição contra Bolsonaro.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, declarou que o mercado financeiro não está receoso com a candidatura de Lula, com o seu movimento “ao centro”. Uma análise, mas que também é uma declaração política. Gleisi Hoffmann retribui o gesto, e em reunião para grandes empresários afirmou que o PT não retiraria o neoliberal do comando do BC em um novo governo Lula.

Lula trouxe Alckmin para sua chapa presidencial justamente para agradar esses setores. Todos esses também expressam setores de classe, inclusive de interesses do imperialismo dos EUA comandado por Joe Biden. Há uma grande preocupação com o refortalecimento do trumpismo nos EUA frente ao desgaste de Biden nas eleições de meio de mandato, que vão ocorrer em novembro. Não interessa que um trumpista fervoroso como Bolsonaro siga governando o maior país da América do Sul, preocupação que se conecta a outros países como a França, onde Marine Le Pen, ao que tudo indica, irá para segundo turno das eleições.

A retomada da retórica golpista

O naufrágio da terceira via, impacta na política e discurso de Bolsonaro. O aumento de ameaças golpistas, que já vinha se mostrando como uma tendência, tende a se fortalecer. Ele retomou suas bravatas contra o STF e o TSE, as insinuações sobre fraude nas eleições, e em discurso para militares afirmou que o ministério mais importante era o da Defesa porque tinha a tropa nas mãos. Declarou ainda que “se a pátria um dia voltar a nos chamar, por ela tudo faremos, até mesmo em sacrifício da própria vida”.

Debilitados seus competidores da direita com uma retórica democrática, Bolsonaro diminui os riscos de perder um percentual do eleitorado antipetista que, ao menos no primeiro turno, estavam propensos a votar na chamada terceira via.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro conta com um sólido apoio dos militares e o fortalecimento de seus aliados no Congresso. Ao que tudo indica Braga Netto será mesmo o vice em sua chapa. Um general da reserva que foi um pilar no governo Bolsonaro, que já comandou o Estado-Maior do Exército e foi o nomeado por Temer para dirigir a intervenção federal no Rio de Janeiro. Paulo Sérgio, que comandava o exército e era tido por parte da mídia como um dos comandantes mais críticos a Bolsonaro, foi promovido ao Ministério da Defesa. Além disso, novamente no aniversário do golpe de 64 a Defesa, junto com o comando das três forças, publicaram uma ordem do dia reivindicando a atuação dos militares nesse período, desmontando novamente a crença de que há uma ala “democrática” entre o generalato.

Quem mais se beneficiou com a janela partidária foram os partidos de sua base: PL, PP e Republicanos. O PL, partido de Bolsonaro, teve um crescimento de 78,5% de sua bancada, de 42 para 75 deputados. Ainda que seja um componente dessas mudanças a busca por fundos e recursos para as eleições, a somatória dessas três bancadas mostra uma base legislativa importante para o governo.

A retórica golpista e o protagonismo político público dos militares não eram a tônica desde os atos do ano passado que ameaçavam invadir o STF, quando Bolsonaro foi obrigado a recuar. Com as baixas intenções de voto em Bolsonaro, era uma hipótese que as Forças Armadas pudessem assumir uma característica maior de instituição do regime, do que de sustentação do governo. Agora, com a melhoria nas taxas de aprovação e intenções de voto em Bolsonaro, os militares pretendem, como mínimo, fazer uma eleição com a menor diferença possível de votos para Lula, e utilizar isso em favor de seus interesses em um eventual novo governo do PT. Não que Lula não queira se reconciliar com os generais, mas ter um projeto próprio é que interessa para esse setor.

No outro polo, o STF e outros setores do regime continuam atuando para minar as posições bolsonaristas. Daniel Silveira, mesmo após tentar se refugiar na Câmara, teve que aceitar a tornozeleira de Alexandre de Moraes. O Telegram (muito utilizado pelo bolsonarismo), quase foi banido do país, e outras figuras, como Gabriel Monteiro, estão sendo expostos na grande mídia com escândalos que envolvem todo tipo de acusação, incluindo exploração sexual de menores. A ala dos pastores próxima ao governo, também esteve envolvida na crise do MEC, que resultou com a queda do ministro Milton Ribeiro. Agora, novamente vêm à tona a relação do Planalto com a milícias, a partir do caso Adriano da Nobrega e o assassinato de Marielle. Para minar as posições do bolsonarismo é provável que até outubro novos fatos como esses continuem surgindo, o que pode gerar novas crises.

Bolsonaro vai aumentar sua retórica golpista, contudo é importante destacar que hoje não há condições para que ele efetivamente consiga impor um maior fechamento do regime. Não está descartado que algum tipo de mobilização reacionária ocorra, e incluindo o aumento da polarização social com a proximidade das eleições. A burguesia está divida, com importantes alas que preferem Lula, além dele contar com apoio da maioria da população. É um cenário muito diferente de 2016, e mesmo de 2018, quando Bolsonaro foi eleito.

Elementos econômicos e a situação social

A situação econômica do país, que vinha de grandes contradições com a pandemia, assumiu novos contornos com a guerra na Ucrânia. Alguns dados como a queda do dólar, o aumento do fluxo de capitais e a alta nas commodities são conjunturais e não são características de uma recomposição de fôlego da economia nacional. A alta do dólar está relacionada com a imensa subida dos juros, que já começa a refluir com o aumento das taxas do Fed e do BCE. A alta das commodities é motorizada pelo conflito na Ucrânia e apesar de melhorar os números da balança de pagamentos, pressionam a inflação e não se reflete na geração de mais empregos pelas características produtivas do agronegócio.

Do ponto de vista de como a economia é sentida pela população, a situação é bastante frágil. Basta ver que a inflação para março é a maior em 28 anos, chegando a 11,3% no acumulado de 12 meses e que em um ano a renda média caiu 8,8% e hoje está abaixo da renda média de 2012. Isso é um país emergido em um mar de precarização e subutilização do trabalho.

Com objetivos eleitorais, o governo adotou uma série de medidas, entre elas o Auxílio Brasil e a liberação do FGTS. Isso é parte da explicar a relativa recomposição de votos de Bolsonaro. Pesquisas apontam - Genial/Quaest, realizada em 12 e 13 de março - que entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil a avaliação negativa do governo passou de 45% para 23%, mesmo em um período marcado pela alta dos combustíveis e inflação.

Como subproduto disso, começaram a se desenvolver greves econômicas, com relativa dinâmica em diferentes estados, mas que ainda não têm força para impactar na situação do país. Em algumas delas, como as da educação em Minas Gerais, o PT se utilizou do controle sindical para conter a greve, e aproveitá-la para seus objetivos eleitorais. Em outras, como garis do Rio de Janeiro, foi necessária fortes ataques do governo Paes e do judiciário, que contaram com auxílio da burocracia do sindicato, para que a greve fosse encerrada.

Os grandes meios do capital financeiro, como a The Economist e o Financial Times, vêm expressando consecutivas preocupações sobre os efeitos das alta dos combustíveis e alimentos pelo mundo. Recentemente a Stratfor menciona o Brasil em suas análises, como um país onde tendencialmente haverá mais greves econômicas, e suscetível a revoltas e descontroles sociais pelo aumento do custo de vida.

Perspectivas para o país e a luta pela independência de classes

Toda ameaça golpista de Bolsonaro deve ser fortemente rechaçada, inclusive pela classe trabalhadora organizada a partir de seus próprios métodos e diante de sua recomposição se coloca ainda mais a necessidade de organizar o caminho da mobilização para enfrentar Bolsonaro, Mourão e os militares. Ao mesmo tempo, é preciso ver que a retomada da retórica golpista, e a recomposição das intenções de voto em Bolsonaro, ainda que mantenha uma distância importante para Lula, vão ser utilizadas pelo PT para reforçar a política de alianças com os setores neoliberais da direita. Lula não quer um combate sério contra a extrema-direita. Quer canalizar esse sentimento para sua política eleitoral. O argumento que agora é hora da aliança de todos diante da disjuntiva "civilização ou barbárie" tende a ganhar ainda mais força em especial em setores das classes médias e funcionalismo público.

Lula que agora chama Alckmin de companheiro vai seguir essa política para capitalizar os "órfãos" da terceira via. Por isso, declarou que "feliz era o Brasil que tinha disputa entre dois partidos democráticos", em referência ao momento em que PT e PSDB disputavam a hegemonia entre duas alas do regime. O PSDB, responsável por encabeçar o neoliberalismo dos anos 1990 no Brasil, agora é lembrado com saudosismo por Lula.

Ao mesmo tempo, dá declarações supostamente favoráveis à legalização do aborto para recuar logo em seguida, e, obviamente, sem explicar porque esse direito foi negado pelo PT nos 13 anos que esteve governando o Brasil. Depois da reação de vários setores conservadores, recuou se declarando pessoalmente contra. Ainda que diga que o tema é uma questão de saúde pública, o que estava estampado nos jornais foi sua posição pessoal contrária. Enxergando a maré verde que perpassou a América Latina, Lula faz acenos à esquerda, mas que são seguidos de recuos e ponderações, como já havia feito com o tema da reforma trabalhista.

Em um eventual novo governo, Lula terá margem muito restrita para concessões, e a dinâmica objetiva econômica vai exigir maiores ajustes. Não é possível prever de que forma, e em que velocidade, isso irá se desenvolver no Brasil, mas internacionalmente algumas tendências começam a se expressar.

Na América Latina, primeiros choques com governos chamados de progressistas começam a ocorrer. No Peru, ocorrem mobilizações contra a política econômica de Pedro Castillo, com presença de camponeses e trabalhadores transportadores. Castillo declarou estado de emergência, com o saldo de 4 mortos. No Chile, Boric tão logo assumiu o governo, reprimiu com o polícia estudantes que se manifestavam em frente ao palácio La Moneda.

Nos EUA, a chamada geração U (em referência a palavra Union, que remete a fundação de sindicatos, como recentemente ocorreu na gigante Amazon) mostra uma nova juventude proletária renovada que não está disposta mais a perder direitos e trabalhar em condições precárias e extenuantes. Esses sinais no coração do maior imperialismo do mundo, podem indicar um início de recomposição da subjetividade operária internacionalmente, acelerada pelos novos tempos da crise capitalista.

Na contramão dessas tendências, a maioria do PSOL vêm sendo o fiel escudeiro do PT em sua aliança com os neoliberais. Agora, decidiram por uma Federação com a Rede, um partido burguês financiado pelo Itaú, e com um programa em comum ao que representa essa aliança.

Rechaçar essa política de conciliação, e construir uma saída de independência de classes é uma tarefa para hoje. Nessa perspectiva, o MRT vem lutando por construir um polo de independência de classe, atuando no Pólo Socialista e Revolucionário, composto pelo PSTU, CST e diversas outras organizações e ativistas. Do mesmo modo, estivemos presentes nas lutas e greves dos últimos meses, denunciando a política traidora das centrais sindicais, exigindo que parem a trégua e unifiquem cada uma das lutas em curso, a partir de um programa operário para enfrentar a crise e que responda aos problemas que afligem a classe trabalhadora e a população pobre. Batalha que também estamos dando nas universidades, agora que muitas estão retornando presencialmente depois de dois anos de ensino remoto. E com essas idéias, também vamos intervir no processo eleitoral, para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.


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Danilo Paris

Editor de política nacional e professor de Sociologia
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