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GUERRA CIVIL NA LÍBIA | Liga Árabe ameaça intervenção na Líbia com auxílio da ONU

quarta-feira 6 de maio de 2015 | 22:25

A Agência EFE divulgou nota onde informa que o secretário-geral adjunto da Liga Árabe, Ahmed bin Heli, “advertiu” que caso as distintas frações não encontrem uma solução para a formação de um governo de coalisão nacional, pedirá auxílio da ONU para que haja uma intervenção.

"Nós, como países árabes, devemos ajudar o mais rápido possível os líbios porque a falta de um governo nacional para recuperar a segurança e a estabilidade atrairá setores estrangeiros a intervir, e isso é o que a Liga Árabe rejeita", alertou Bin Heli em entrevista à imprensa na sede da organização.

A Liga Árabe, é uma organização que tem, historicamente, cumprido um papel auxiliar dos países imperialistas para ingerirem sobre a autonomia nacional dos países árabes, em benefício dos xeques sauditas, principalmente. Heli por isso que pediu aos países ocidentais que “encorajem” o diálogo entre as partes envolvidas no conflito líbio.

Além disso, Heli destacou que a Liga Árabe “segue permanentemente” os esforços da ONU e de seu enviado especial para a Líbia, Bernardino León, e informa sobre o andamento das negociações que buscam resolver a crise nesse país.

"O projeto de solução que proposto pelo emissário da ONU às partes líbias que participam do diálogo inclui a formação de um governo de união nacional", lembrou Bin Heli.

O secretário acrescentou que a esse passo deverá seguir a realização de uma conferência internacional com o auspício da ONU e da Liga Árabe para reconstruir a Líbia e suas instituições.

Nesse sentido, Heli ressaltou que "um governo de união nacional deve ser criado no marco do legítimo parlamento eleito líbio", em referência à câmara com sede em Tobruk, fora da capital.

A Líbia, está em uma guerra civil, desde que as revoltas da primavera árabe contra Muammar Kadafi foram capitalizadas por lideranças separatistas islâmicas de extrema direita. O capital estrangeiro patrocinou a intervenção da ONU, que na época, garantiu que os campos de petróleo fossem repartidos entre as empresas petrolíferas francesas, norte americanas e inglesas.

Desde as últimas eleições, a nação está dividida, com um governo considerado rebelde em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido estabelecido em Tobruk, que lutam pelo controle do poder e dos recursos naturais apoiados por milícias islamitas, mercenários, senhores da guerra, líderes tribais e contrabandistas de petróleo, armas e pessoas. EFE/ED




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